Comboio leva Cachoeira para prestar depoimento à CPI

Bicheiro foi preso em fevereiro pela PF durante a Operação Monte Carlo.
Ele será questionado pela CPI sobre a relação com políticos e autoridades.

Comboio que levou Carlinhos Cachoeira ao deixar a Penitenciária da Papuda (Foto: Mariana Zoccoli / G1)

Um comboio da Polícia Federal e do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) deixou por volta das 12h50 a Penitenciária da Papuda, em Brasília, transportando o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, que vai depor no Congresso, na CPI mista que investiga as relações dele com políticos, autoridades e empresários.
O comboio chegou ao Congresso às 13h10. Cachoeira entrou pelo subsolo e, por elevador privativo, chegou ao gabinete do senador Humberto Costa (PT-PE), de onde iria para a sala da CPI. O depoimento do bicheiro está programado para as 14h. Ele foi preso em fevereiro pela Polícia Federal, durante a Operação Monte Carlo, que investigou um esquema de jogo ilegal em Goiás.

O comboio é composto por uma van do Depen e duas caminhonetes da Polícia Federal. A assessoria do Depen não confirmou se Cachoeira está algemado, mas informou que esse é o "procedimento normal" .
A polícia do Senado fez inspeção na sala da CPI para verificar se há armas, gravadores ou outros objetos no local onde Cachoeira vai depor.
O corredor que dá acesso à sala foi isolado e só estão autorizadas a entrar pessoas credenciadas previamente pelo Congresso.
A advogada Dora Cavalcanti visitou o bicheiro pela manhã e levou um terno para Cachoeira usar no depoimento. Ela disse que seu cliente vive um "momento crítico", mas está "tranquilo" para o depoimento.

"Ele está tranquilo e nosso conselho, enquanto defesa, é que ele use o direito de permanecer em silêncio. [...] É um momento crítico, difícil, ele completou 81 dias de prisão, mas vai ser respeitoso na CPI", disse a advogada.

Mário Luiz (Carioca) com G1