quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Aval para empréstimo da Cagepa deve ser votado hoje



O assunto mais comentado nas últimas semanas volta a ser o foco principal das discussões na manhã de hoje na Assembleia Legislativa da Paraíba: o Projeto de Lei de n° 992/2012, de autoria do Governo do Estado, que autoriza o Poder Executivo a prestar garantia num empréstimo de R$ 150 milhões contraído pela Cagepa deverá ser incluído na pauta de votações. Ontem, o presidente da Casa, deputado Ricardo Marcelo (PEN), afirmou que a matéria só seria votada se atendesse "todas as exigências". Entre os pré-requisitos, em nota, a mesa diretora da Casa cobrou mais informações sobre a operação financeira, apontando contradições entre os dados fornecidos pelo presidente da companhia, Deusdete Queiroga, e a diretoria da estatal no tocante à arrecadação, cobrança de inadimplentes e taxa de juros a serem praticadas para o empréstimo.
 
O Governo do Estado, por sua vez, emitiu notas públicas em favor da aprovação do aval e teria conseguido apoios entre os deputados de oposição para fazer com que o projeto seja aprovado. A argumentação oficial é de que os juros a serem cobrados no novo empréstimo são inferiores aos atualmente pagos e o pagamento das parcelas tem carência de dois anos. A respeito da cobrança dos débitos, a companhia anunciou que encaminhará a lista de prefeituras devedoras ao Cadastro Informativo de créditos não quitados do setor público federal (Cadin). A medida visa resgatar os quase R$ 300 milhões que órgão possui em poder de inadimplentes.
 
A votação deve ser tensa porque além dos ânimos acirrados de oposição e situação, ainda há dúvidas sobre a necessidade de quorum qualificado para aprovar o projeto. É que o relator da matéria na comissão de orçamento, Vituriano de Abreu (PSC), afirmou que haveria "inadequação formal" no texto do executivo, o que geraria a necessidade de 21 votos para aprová-lo em  plenário. O líder do Governo, Hervázio Bezerra (PSDB), contudo, diz que a contestação foi feita somente depois da reunião da comissão de orçamento e que o entendimento do relator teria mudado para prejudicar o Governo. Ele ameaçou pedir a gravação da reunião para provar que o parecer criticou dados do projeto, mas não o considerou com "inadequação formal".
  
Mário Luiz (Carioca) com Paralamento PB

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