No documento, a UBAM exporá fotos dos mais de cem animais mortos, devido a falta de água e alimento, bem como depoimentos que retratam a situação dos nordestinos que habitam nas regiões do Curimataú, Cariri e grande Sertão, afetados por uma seca que pode se constituir a maior dos últimos 50 anos.
Leonardo, em discurso na Câmara Municipal de Patos, ressaltou que o governo federal não tem se sensibilizado para uma resposta a altura do sofrimento dos habitantes dos Municípios que compõem o Semi-Árido, composto de 1.134 cidades, completamente devastadas pelos efeitos da estiagem prolongada e a falta de reservatórios suficientes que pudessem abastecer de água a população.
"Já não se pode esperar mais por uma atitude dos governos estadual e federal, que tiveram a oportunidade de socorrer o povo, que há mais de um ano vem sofrendo a falta de água, com um sério comprometimento para a economia do Estado. Por isso vamos recorrer a ONU, através da FAO, objetivando evitar uma mortandade generalizada, tanto de animais como dos próprios habitantes". Disse Leonardo.
Segundo o dirigente municipalista, a irresponsabilidade governamental foi um fator preponderante para o agravamento da situação dos sertanejos, tendo em vista que no dia 30 de março de 2008 a Paraíba registrou um volume pluviométrico que inundou algumas cidades, destruindo, inclusive barragens e várias estradas, ameaçando inundar cidades como Sousa e Cajazeiras. Mesmo assim, segundo ele, o governo não se preocupou de preparar as cidades para uma captação eficaz das chuvas, que poderiam agora ser a salvação da lavoura e da pecuária.
"A caravana da seca já percorreu mais de 700 quilômetros, encontrando um cenário muito triste em todos municípios, sendo necessário um posicionamento da ONU". Disse.
Leonardo parabenizou a Assembléia Legislativa da Paraíba, que após essa caravana solicitará uma audiência com a presidenta Dilma Rousseff, para que o governo federal dê encaminhamento a outras ações, como a anistia de dívidas dos agricultores junto ao Banco do Nordeste e a abertura de uma nova linha de crédito para atenuar o sofrimento dos que perderam seu rebanho e colheita, evidenciando um caos na economia.
Mário Luiz (Carioca) com Click PB
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