segunda-feira, 13 de maio de 2013

Moradores da Arábia Saudita entram em pânico devido ao coronavírus


Agência de notícias informa que atendimentos em hospitais aumentaram.
Até o momento, 15 das 24 pessoas afetadas por esta doença morreram.

Imagem divulgada pela agência britânica de proteção à saúde mostra o coronavírus visto ao microscópio (Foto: AFP)
Muitos habitantes do leste da Arábia Saudita, em pânico, se apresentam nos serviços de emergência dos hospitais da região de Al-Ahsa, onde foram declarados a maioria dos casos do coronavírus, parecido com o da Sars (ou síndrome respiratória aguda grave).
"Senti os sintomas de uma gripe, acompanhados de febre", afirmou um jovem que pediu para não ser identificado, contactado por telefone pela AFP. "Fui ao hospital, mas estes sintomas desapareceram um dia depois, e apesar disso sigo em quarentena com outros doentes, o que me dá medo", acrescentou.
Todos os casos admitidos nos hospitais da região foram colocados em isolamento médico, segundo as autoridades. O ministro saudita da Saúde, Abdullah Rabia, anunciou no domingo que o número de vítimas fatais na Arábia Saudita pelo novo coronavírus próximo ao vírus da Sars chega a 15 pessoas.
Até o momento, 15 das 24 pessoas afetadas por esta doença morreram, declarou o ministro durante uma coletiva de imprensa. Rabia informou sobre outros três casos suspeitos. 'Os resultados dos exames serão divulgados com toda transparência', assegurou.
No total, 34 casos confirmados no mundo foram notificados à OMS desde setembro de 2012 e 18 pessoas morreram, segundo um último balanço. Na mesma coletiva de imprensa, o diretor-geral adjunto da Organização Mundial da Saúde para a Segurança Sanitária e o Meio Ambiente, Keiji Fukuda, disse que este novo vírus "é um grande desafio para todos os países".
Fukuda está em missão na Arábia Saudita para "ajudar a avaliar a situação e propor orientações e recomendações" diante do coronavírus.
A OMS ainda não dispõe de informação suficiente para tirar conclusões sobre as modalidades de contágio do vírus, mas pede para ser vigilante diante desta grave doença respiratória. Em 2003, uma epidemia de SARS causou a morte de mais de 800 pessoas na China e ativou um alarme sanitário em escala mundial. No entanto, o novo vírus é diferente do da SARS porque provoca uma insuficiência renal rápida.

Mário Luiz (Carioca) com G1

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