O partido Solidariedade, que na Paraíba tem o deputado federal Benjamin Maranhão, sobrinho do senador José Maranhão (PMDB), como presidente, foi fundado, em âmbito nacional, na sala do empresário Joesley Batista, o mesmo que gravou o presidente Temer (PMDB) e revelou como funciona o esquema de propinas no Congresso Nacional e no Executivo Federal.

A revelação foi feita pelo líder do Movimento Sem Terra, João Pedro Stadler, nesta quinta-feira (13), durante entrevista ao programa Rede Verdade, da Arapuan FM. “Esse partido, o Solidariedade, foi fundado dentro da sala do Joesley Batista, da Friboi. Duvido o presidente nacional da sigla, Paulino da Força, me desmentir”, disparou.

João Pedro ainda disse que o Solidariedade “tomou de assalto o Incra”.

“O Solidariedade tomou de assaltou o Incra e ainda disseram assim para nós – o Incra vai ser utilizado para reestruturar o nosso partido a nível nacional, porque agora só estamos presentes em São Paulo e Belo Horizonte. Então é isso que tá acontecendo com o Incra. Nenhum presidente entende de Reforma Agrária. Lá em São Paulo o Paulinho da Forço colocou o filho dele de Superintendente. O Incra não funciona para nada. A Reforma Agrária está parada. Ninguém fez nada nos últimos dois anos”, disse.

Devido ao monopólio ao Incra, pelo Solidariedade, o Movimento Sem Terra perdeu até mesmo o ânimo para ocupar a instituição, justamente pela falta de comando.

“Não tem nem diálogo. É como se você fosse falar com o cara em FM e ele te escuta em AM. Os interesses são outros de quem está no Incra”, disse.

Na Paraíba não é diferente. O deputado Benjamin Maranhão, que é quem comanda o Solidariedade no Estado, mantém as indicações no cargo. Ele chegou a emplacar o sogro para comandar a autarquia na Paraíba. Solon Alves Diniz comandou o Incra por alguns anos, mas foi exonerado no início de 2017.

Em seu lugar, novamente, Benjamin conseguiu emplacar um parente. Trata-se de Francisco Rinaldo Maranhão de Figueiredo, que é Analista de Sistemas por formação, especialista em Contabilidade Digital e Gestão Empresaria.

No Estado, o Incra é responsável pela gestão de 311 assentamentos, com mais de 14 mil famílias assentadas, executando outras políticas, como regularização de territórios quilombolas e gestão do cadastro de imóveis rurais.

Da Redação com PB Agora