Em
evento realizado no Rio, procuradora-geral da República afirmou ainda
há sinais muito preocupantes de ofensas a direitos fundamentais.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou nesta
segunda-feira (6), no Rio, que a intolerância com a corrupção tem
aumentado no país. Ela participou da cerimônia de entrega do 6º Prêmio
Patrícia Accioli de Direitos Humanos, promovido pela Associação dos
Magistrados do estado, na sede do Tribunal de Justiça, no Centro.
"A intolerância com a corrupção e com a ineficiência na gestão pública
tem aumentando. E isto deve ser saudado. Pois é fruto do precioso debate
público de ideias. Do direito de reunião e de associação, que são peças
essenciais de nossa democracia", disse ela no discurso.
"Eu saúdo essa intolerância como uma novidade muito importante na vida
pública brasileira. As pessoas estão cada vez mais atentas para o que
acontece com o patrimônio público. As pessoas têm consciência de que o
patrimônio público é formado com o dinheiro de impostos, e têm
consciência hoje que há uma relação direta entre o bom uso do direito
público e os serviços que são prestados pelo estado pra população",
acrescentou ela em entrevista após o prêmio.
Raquel Dodge, que recebeu o título de Hors-Concours, afirmou ainda há
“sinais muito preocupantes de ofensas a direitos fundamentais no
Brasil”, citando alguns deles (violência, por exemplo).
Disse que essa violação de direitos é “incompatível com a índole
pacífica, generosa e honesta de nossa gente”. Segundo a
procuradora-geral, o Ministério Público Federal e a Justiça trabalham
pelos direitos humanos.
"Há sinais muito preocupantes de ofensas a direitos fundamentais no
Brasil no presente que interessam a todos nós. No presente e em relação
ao nosso futuro. A morte precoce de nossos jovens atinge o destino da
nação. Educação pública sem qualidade diminui a oportunidade de acesso
ao trabalho e compreensão da própria dignidade da vida humana. Serviços
de saúde precários abreviam vidas criativas, afetuosas e que ainda
contribuiriam para o bem das pessoas", afirmou.
Grupo de trabalho contra a violência no Rio
A procuradora falou ainda sobre a reunião do grupo de trabalho contra a
violência no Rio. Ela explicou que cinco procuradores do Rio foram
destacados pro trabalho, que não será de curto prazo, mas de meses.
Disse ainda que o combate ao tráfico internacional de drogas é um dos
focos do grupo, que parceiras com o MP e a Justiça estaduais devem ser
necessárias, mas que nesse primeiro momento o trabalho é só das
autoridades federais.
Da Redação com G1
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