Presidente americano chega ao país no sábado cercado de forte esquema de segurança
Agentes do Serviço Secreto dos EUA ajudam Obama a desembarcar da "Besta", sua superlimusine
“A Besta” é uma limusine especial, avaliada em R$ 500 mil (US$ 300 mil). Blindado até no tanque de combustível, o veículo ganhou o apelido por sua resistência e poder de fogo. É, por exemplo, capaz de resistir a um ataque de míssil, balas dos mais variados calibres e até a lança-chamas. Tem um “compartimento de pânico”, onde o presidente pode ficar selado à espera de socorro. Um tanque de oxigênio mantém o ar puro por 12 horas.
Esse carro de viagens oficiais é apenas um dos recursos que acompanham o presidente dos Estados Unidos. Uma comitiva de mil pessoas - de funcionários de escritório a agentes de segurança, passando por cozinheiros, até uma equipe com seis médicos e 15 enfermeiras – também vem junto.
As estimativas são de que o tour do circo americano custe algo em torno de R$ 120 milhões (US$ 70 milhões) diários. Mas pode sair mais caro.
Na visita à Índia, a conta diária chegou a R$ 335 milhões (US$ 200 milhões), o que deu munição farta à oposição republicana durante meses. É verdade que, naquela viagem, foram 3.000 pessoas, e para o Brasil vão apenas um terço desse total.
No transporte dessa gente e equipamentos, estarão seis aviões, dedicados exclusivamente às necessidades do presidente. Dois deles são os famosos Air Force One (Força Aérea Um), o Jumbo 747 presidencial, e o Air Force One-Decoy (Força Aérea Um-Isca), que é exatamente igual ao original, mas serve para despistar possíveis agressores. Na esquadrilha, ainda estarão seis aeronaves C-5B ou C-17, cargueiros levando blindados, armamentos, computadores etc.
Um desses C-17 servirá apenas para levar combustível que abastecerá os blindados e outros veículos- inclusive o Air Force One e o “Isca”. O motivo disso é a preocupação em não ter de usar produtos do país anfitrião. Tenta-se evitar o abastecimento com gasolina ou querosene “batizados”.
O avião presidencial será escoltado por quatro, ou até oito, caças F-15 da Força Aérea americana. Um AWAC (avião radar e centro de comunicações) também estará no ar. A todo o tempo uma aeronave tanque - para abastecimento em pleno voo - ficará à disposição.
Casa Branca "genérica"
O que os brasileiros terão oportunidade de hospedar será uma “versão genérica” da Casa Branca, como explicou ao R7 o ex-agente do Serviço Secreto Douglas Miller.
- Quando o presidente viaja, ele leva consigo a própria Casa Branca. Tanto a parte executiva do escritório presidencial, quanto o segmento residencial, onde vive a família Obama. Principalmente nessa viagem, onde estarão não apenas a primeira-dama, quanto às filhas do presidente.
Quem comanda todo o espetáculo da segurança é o Serviço Secreto dos EUA.
Apesar do nome, não se trata de uma agência de espiões sigilosos. Será possível vê-los em ação e identificá-los pelo broche de lapela (uma estrela dourada como a de xerifes) e o auricular com fio enroladinho como mola. Que ninguém estranhe aquela gente falando nas mangas dos paletós escuros: lá se acomodam os microfones.
O Serviço Secreto conta com uma força de 1.300 homens uniformizados. Desse total, 200 se ocupam daquele que chamam de “Potus” (“President Of The United States” ou presidente dos Estados Unidos).
Outros 150 estão com a primeira-dama Michele Obama, e cerca de cem para cada uma das filhas.
Trata-se de força muito bem treinada, mas que não conseguiu evitar que quatro presidentes fossem mortos sob suas barbas. Foram feitos cerca de 20 atentados contra presidentes americanos. Ou seja: um quinto desses ataques teve sucesso. Uma média que cai como sombra escura sobre a agência de segurança.
Agentes estarão armados
Por lei, agentes policiais de outro país não podem portar armas de fogo em território brasileiro, a não ser com permissão especial. Os agentes do Serviço Secreto estarão armados, principalmente, mas não exclusivamente, com a pistola Sig Sauer P 229, calibre .40.
Pelo menos os 12 homens que cercam mais proximamente Barack Obama têm esse revolver. O restante do pessoal de apoio - chamado “Detail” (detalhe) - terá outras armas, inclusive metralhadoras.
Apesar de as forças de segurança de cada país visitado por um presidente americano declararem que seus agentes nativos são os encarregados da proteção do líder, na verdade o trabalho é mesmo feito por gente dos EUA. No Brasil não será diferente.
Da Redação com R7
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