Segundo a polícia, na carta, Nelson Antunes de Farias Júnior parecia pedir orientação jurídica a um advogado. Num dos trechos, ele teria escrito: "Eu falei para o delegado que sabia. Devo voltar atrás?". De acordo com o titular da Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon), Maurício Luciano Almeida e Silva, Beatriz confirmou que o documento foi escrito pelo marido.
— A carta é apócrifa, mas a mulher confirmou que a letra é dele. Esse é mais um indício de que ele colaborou com as ações praticadas pela mulher — afirmou o delegado.
Nelson — que já está indiciado por estelionato — deve prestar depoimento na Decon hoje às 10h. A polícia quer esclarecer qual era a atividade desempenhada por ele na clínica da falsa psicóloga.
Nova prisão
Beatriz da Silva Cunha foi presa pela segunda vez, no sábado, na casa da mãe dela, na Barra da Tijuca e levada para o presídio Bangu 8, na Zona Oeste.
A polícia acredita que a falsa psicóloga planejava fugir do país porque os passaportes dela, do marido e do filho foram encontrados na casa da mãe. No apartamento de Beatriz, em Botafogo, os policiais encontraram US$ 120 (pouco mais de R$ 190), 530 euros (cerca de R$ 1.200) e aproximadamente R$ 3.500.
A falsa psicóloga tratava de crianças autistas no Centro de Análise do Comportamento, em Botafogo. Além do crime de tortura, Beatriz da Silva Cunha vai responder por estelionato, propaganda enganosa e exercício ilegal da profissão. A falsa psicóloga já havia sido presa em 27 de abril, mas foi solta três dias depois pela Justiça.
Da Redação com Extra
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