terça-feira, 17 de maio de 2011

População enfrenta risco constante de acidentes

 
Moradores da Comunidade Renascer, em Cabedelo, que precisam cruzar a BR-230, esbarram em uma série de dificuldades. A lombada eletrônica que funcionava no local continua desativada desde 2009, a ausência de passarela para travessia e a falta de educação de motoristas que não respeitam a faixa de pedestres criam ainda mais empecilhos para quem mora em uma região de trânsito intenso. Um redutor de velocidade de chão foi instalado no local, mas moradores afirmam que ainda está longe de resolver o problema da localidade.
Quem precisa ir para Cabedelo ou vem do Centro de João Pessoa para a comunidade precisa exercer a paciência e, em muitas vezes, arriscar a própria vida. Em horários de picos - no início e fim da manhã, além do final da tarde -, a situação se agrava e é difícil encontrar espaço em meio à pressa dos motoristas. "A lombada eletrônica melhorava um pouco. É difícil os carros respeitarem, ainda mais por ser uma BR. Mas não é ruim só para a gente, há muitas colisões entre veículos também nessa área", relata José Arcanjo, comerciante com um ponto de venda na entrada da comunidade.
O exercício de paciência em esperar que os carros cedam a vez aos pedestres na faixa nem sempre é exercido por quem precisa cruzar a BR. A reportagem do O NORTE flagrou pedestres tentando cruzar a rodovia federal mesmo sem o consentimento dos condutores. O fato é confirmado pela moradora há mais de 20 anos do local, a aposentada Maria José dos Santos. "Os carros passam aqui em alta velocidade e nem sempre estender a mão é garantia de que eles vão parar. Muitos não esperam eles pararem e se arriscam atravessando", diz a aposentada. Os moradores acreditam que o redutor de velocidade eletrônica facilitaria não só a vida dos pedestres como poderia diminuir as colisões entre veículos.
Além dos problemas com a velocidade dos condutores no local, esperar ônibus também tem se tornado um problema para os moradores. A única parada para coletivos nas imediações da Comunidade - no sentido Cabedelo-Centro -, não possuem abrigo. Em dias chuvosos, como ontem, mais um transtorno para os moradores. "Não é só em dias de chuva que isso prejudica, em dias de sol forte também incomoda. Essa parada já tem estrutura para abrigos, mas nada é feito", revela a estudante Francisca Cordeiro.

Da Redação com O Norte

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