terça-feira, 20 de novembro de 2012

Dia da Consciência Negra é comemorado no Centro do Rio

Rio -  A tradicional lavagem do busto de Zumbi dos Palmares, localizado na Praça XI, no Centro, em homenagem ao Dia da Consciência Negra, foi realizada nesta terça-feira.
O ato começou por volta das 6h e conta com diversos grupos afros. Utilizando água de cheiro, com alfazema e ervas sagradas, baianas e integrantes dos Filhos de Gandhy se reuniram para cantar músicas de rituais africanos.
A celebração acontece até às 12h. Depois, a Unidos de Vila Isabel fecha a festa relembrando o samba-enredo 'Kizomba, a festa da raça', de 1988.
Por conta do evento, as pistas centrais da Avenida Presidente Vargas estão interditadas, entre o prédio dos Correios e a Praça XI.
Grupos afros realizam a tradicional lavagem do busto de Zumbi, no Centro | Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia
Grupos afros realizam a tradicional lavagem do busto de Zumbi, no Centro | Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia

 

 

Participantes pediram proteção à cidade

Rio -  Apesar da chuva, rodas de capoeira, baianas, samba e até menções à Revolta da Chibata, movimento que em 1910 exigia melhores condições para os marinheiros do Brasil, quase todos negros, marcaram o Dia da Consciência Negra, celebrado nesta terça-feira no Rio.
O busto de Zumbi dos Palmares, na Praça Onze, recebeu a tradicional limpeza com água de cheiro, alfazema e ervas sagradas. Os participantes cantaram músicas de rituais africanos e pediram proteção à cidade. De acordo com a organização do evento, cerca de três mil pessoas prestigiaram as atividades.
No local, foram espalhados cartazes com a mensagem "O crack mata. Salvem os jovens". “Temos que alertar sobre os perigos da droga”, disse o presidente do Conselho Estadual dos Direitos do Negro, Paulo Roberto dos Santos.
Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia
Passistas da Vila Isabel fecharam o evento, com samba que exalta a história de Zumbi dos Palmares | Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia
Para a fundadora do grupo Afoxé Raízes Africanas, Isabel de Oiá, a data representa a bravura e resistência da cultura negra. “Através do amor e respeito a Zumbi, sobrevivemos”, disse a socióloga e advogada Maria Moura, que, participou da inauguração do monumento, ajudando a levar a cabeça de Zumbi e, desde então, faz a lavagem no feriado que o homenageia. Para ela, a data é importante para transmitir a história afro-brasileira. Hoje é um dia para passarmos nossa cultura para a sociedade”, declarou.
A escola de samba Vila Isabel fechou o evento com o samba "Kizomba, Festa da Raça", que exalta a história de Zumbi. Peças teatrais, fotos e vídeos foram apresentados na Pedra do Sal, no Largo da Prainha e nos Jardins Suspensos do Valongo.

Mário Luiz (Carioca) com O Dia

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