NA MÃO DO INIMIGO: aposentadoria ou o ressurgimento de importante ‘coronel’ da política da PB dependerá dos passos de Cássio
A ocupação de espaços na política depende, em muitos casos, dos passos
dados pelos adversários. É nesta verdadeira encruzilhada que pode ser
definido o atual momento vivido pelo ex-governador José Maranhão (PMDB),
que aguarda com ansiedade os passos do grupo político do governador
Ricardo Coutinho (PSB) com vistas a 2014 para, só assim, poder tomar
alguma decisão concreta.
Sonhando em disputar
mais uma vez o mandato de senador, Zé Maranhão cruza os dedos para ver o
seu algoz, Cássio Cunha Lima (PSDB), mais uma vez disputando o Palácio
da Redenção. Tal articulação, no entanto, ajudaria o mestre de obras
para, consequentemente, ser o companheiro de Ricardo numa chapa
majoritária no próximo pleito estadual.
A conjuntura ajudaria José Maranhão pois, sem Cássio e, necessitando
de bases no interior do Estado, Ricardo Coutinho acabaria procurando,
como última opção, o experiente ‘coronel’ de Araruna e hoje ex-aliado
para uma parceria política.
Outro fator que hoje também pesa desfavorável a Zé, diz respeito a
possibilidade de manutenção da dobradinha vitoriosa de 2010,
protagonizada pelos dois agentes políticos Cássio e Ricardo. Se mantida a
conjuntura de 2010 também em 2014, com PSB e PSDB no mesmo palanque,
Maranhão acabaria virando carta fora do jogo, visto que o líder da família Cunha Lima já externou completo descontentamento com uma possibilidade de parceria com o seu rival histórico.
Contra Maranhão, também pesa o fato de Cássio abraçar uma outra
postulação ao Senado Federal, desta vez, apoiando o vice-governador
Rômulo Gouveia na disputa pela vaga no Congresso Nacional.
A ‘paquera’ de Zé com o projeto de Ricardo, tem uma explicação: como deu
garantias de que Veneziano (PMDB) é candidato, enfraquece a tese de uma
chapa puro-sangue, pois o PMDB terá que acomodar na majoritária
partidos simpatizantes à oposição na Paraíba.
Portanto, cabe a Zé Maranhão continuar a torcer pela tese de rompimento entre Cássio e Ricardo em 2014.
Enquanto uns torcem pela união, para Zé Maranhão, o racha é o ideal,
afinal de contas nunca é bom ser oposição. Cabendo a Cássio a
aposentadoria, ou a valorização do ‘Barão’ de Araruna.
Mário Luiz (Carioca) com PB Agora
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