Imagine estar caminhando no parque do Ibirapuera, em São
Paulo, ou no Jardim Botânico do Rio de Janeiro e se deparar com um
grupo de jovens mulheres reunidas com os seios à mostra. É isso o que
tem acontecido em lugares públicos da cidade de Nova York, onde amigas
têm usado o respaldo da lei do Estado, que lhes permite ficar com o
tronco nu em qualquer local em que homens podem.
As reuniões ocorrem regularmente em praças públicas,
coberturas de hotéis, trilhas perto de rios e mesmo pontos bastante
turísticos da Grande Maçã, como o mundialmente conhecido Central Park.
Em sua maioria, elas já chegam aos locais das reuniões, onde leem e
discutem clássicos da literatura, usando biquínis, para, assim,
facilitar a prática de topless durante na cidade, cujas temperaturas
sobem a cada dia com a proximidade do verão - há previsão de máximas de
até 32ºC para os próximos dias.
"Para cada mulher que fica nos olhando feio quando
passamos e murmura que há crianças por perto, há uma dúzia que se
aproxima e nos agradece pelo que estamos fazendo", diz ao tabloide
britânico The Sun a fundadora do grupo, batizado de Coed Topless Pulp
Fiction, que pediu para não ser identificada. "Se você está em Nova York
e o tempo está bom, por que não se juntar a nós algum dia propõe o blog
das leitoras, "um grupo de amigas, amigas de amigas, amigas de amigas
de amigas e de completas estranhas que adoram livros e dias ensolarados e
gostam de aproveitar os dois juntos de acordo com o que a lei permite".
"A polícia já nos abordou algumas vezes, mas os
policiais sempre confirmam que o que estamos fazendo é completamente
legal e sempre foram muito educados em relação a isso", continua ela,
incentivando mais e mais mulheres a se igualarem aos homens e exibirem
seus seios em público.
"Acho que recebemos menos assobios e assédio
quando estamos de topless em um grupo do que quando qualquer uma de nós
caminha pelas ruas completamente vestida."
Entre os livros que o grupo lê atualmente estão Blood on
the Mink, de Robert Silverberg, False Negative, de Joseph Koening, e
Choke Hold, de Christa Faust. "Quanto mais mostramos às pessoas que ver
os mamilos de uma mulher não levarão o céu a cair, mais liberdade e
igualdade as mulheres terão", resume ela.
Mário Luiz (Carioca) com Terra
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