segunda-feira, 28 de agosto de 2017

PM suspeito de atropelar e matar ciclista na Barra é preso administrativamente

Carro do policial tem 49 multas não pagas. Marcelo Soares havia sido liberado pela Polícia Civil por não haver flagrante. Carro dele está na delegacia.  Carro de Policial Militar foi levado para a 16ª DP (Foto: Carlos Brito/G1) Carro de Policial Militar foi levado para a 16ª DP (Foto: Carlos Brito/G1)
 
O Policial Militar Marcelo Soares, que se entregou pelo atropelamento do ciclista Hélio Crespo, de 42 anos, na manhã deste sábado (26), foi preso administrativamente pela Corregedoria da Polícia Militar nesta segunda-feira (28). Segundo o delegado titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), Marcus Neves, ele foi indiciado por homicídio culposo.
Segundo o Detran, o carro tinha 49 multas não pagas. Foram 49 de novembro de 2015 a agosto de 2017, 18 só esse ano. A maioria por excesso de velocidade e avanço de sinal. A consulta ao banco de dados do Detran mostra também que na madrugada do dia 13 de fevereiro o carro recebeu 7 multas em 4 horas. Confira mais informações sobre as multas não pagas no RJTV 1ª edição.
Inicialmente, Marcelo havia sido autuado pelo mesmo crime e liberado, pois não houve flagrante. Ele começou a ser ouvido na manhã desta segunda-feira no 31º BMP (Recreio) onde é lotado. O carro de Marcelo foi levado para a delegacia.
Hélio era dono de uma rede de óticas no Rio (Foto: Reprodução / TV Globo) Hélio era dono de uma rede de óticas no Rio (Foto: Reprodução / TV Globo)
 
Hélio era empresário e um dos sócios de uma grande rede de óticas. Ele foi atropelado e morto na Avenida Lúcio Costa, altura da Reserva, no Recreio dos Bandeirantes. Segundo testemunhas, o carro bateu na roda traseira, que ficou presa na lataria do carro e chegou a ser arrastada.
Bombeiros que estavam próximo ao local tentaram socorrer a vítima. O ciclista chegou a ser levado para o Hospital Lourenço Jorge, na Barra, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
"O rapaz causa um acidente e foge. Simplesmente foge com a roda da bicicleta debaixo do carro, uma coisa que não dá para explicar. Infelizmente, a gente fica sem palavras para descrever. Não tem como descrever. A família está inconsolável. Não tem como explicar essa dor”, lamentou o primo Rafael Crespo. 

Da Redação com G1

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