Há 33 anos no poder, Ali Abdullah Saleh é contestado por rebelião.
Repressão a protestos matou centenas no país desde janeiro.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução nesta sexta-feira (21) exortando o presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, a assinar um acordo para abandonar o poder e parar com os ataques do governo contra opositores.
A resolução, aprovada por unanimidade pelos 15 membros do organismo, "condena energicamente" a violência governamental contra os manifestantes e apoia o plano de paz do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) para pôr fim aos 33 anos de Saleh no poder.
Centenas de pessoas morreram desde que foram iniciados os protestos contra Saleh em janeiro.
Em sua manifestação mais enérgica desde que teve início a crise iemenita, o Conselho de Segurança pede que Saleh mantenha seu compromisso de assinar imediatamente o plano do GCC e prepare uma transição pacífica do poder "sem mais adiamentos".
Mulheres
mostram bandeiras de Líbia, Iêmen e Síria nesta sexta-feira (21) em ato
contra o governo iemenita na capital, Sanaaria (Foto: AP)
Saleh havia dito que concorda com o plano proposto pelos seis estados
do Golfo, mas se negou a assiná-lo ou a implementar alguma de suas
propostas.A proeminente ativista iemenita e prêmio Nobel da Paz Tawakkul Karman estava nas proximidades do plenário do Conselho de Segurança antes da votação e pediu que seja aumentada a pressão sobre Saleh.
"As ditaduras estão caindo, estão acabadas", disse antes da reunião.
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