sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Ministro: Brasil não permitirá importação de lixo hospitalar


Ministro: Brasil não permitirá importação de lixo hospitalar
Tecidos foram encontrados em contêineres (TERRA)
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse nesta sexta-feira que o governo não vai permitir que outros países enviem lixo hospitalar ao Brasil. Nas últimas semanas, foram apreendidos em Pernambuco contêineres com toneladas de lençóis, fronhas, toalhas de banho, pijamas e outros tecidos sujos que seriam provenientes de hospitais dos Estados Unidos.
Segundo Padilha, a prática é ilegal e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) teve uma postura correta ao detectar a importação desse material e informar à Polícia Federal.
"Nós não vamos permitir que qualquer país venha mandar lixo hospitalar para o nosso Brasil. A Anvisa e a Polícia Federal estão agindo sobre isso. Responsáveis que possam ter comprado esses lençóis usados em hospitais americanos para reciclar ou fazer tecidos serão severamente punidos, porque isso é uma prática ilegal", assegurou Padilha.
O ministro disse que a Anvisa reforçou a fiscalização nos pontos de entrada de mercadorias no País. Segundo ele, a agência também está trabalhando para informar às vigilâncias sanitárias estaduais e autoridades policiais sobre o que é considerado lixo hospitalar e que tipo de material pode ingressar no Brasil.
"É importante não misturar o que ocorreu, de lixo hospitalar vindo de fora do Brasil, com outras situações que não são lixo hospitalar. Hospitais, às vezes, doam lençóis limpos, que não são lixo hospitalar, para instituições. A Anvisa está esclarecendo muito bem quais são as regras que caracterizam lixo hospitalar, para que as polícias proíbam a comercialização desses produtos", disse ele.
Nota de hospital

O Hospital A.C.Camargo divulgou nota nesta sexta-feira em que afirma que "não comercializa nem realiza doações de enxovais (roupas de cama e banho, uniformes e aventais)" e que o descarte desses materiais "são feitos somente após sua total desinfecção".
A instituição diz que o material com a logomarca do hospital, que foi encontrado em uma loja no interior de São Paulo, foi identificado como uma produção de 2011 e não exibiria sinais de desgaste. "O fato nos leva a crer que o produto não é objeto de descarte."

Da Redação com com Terra

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