Imagem (Veja)
Nesta
semana, a comunidade médica teve acesso aos resultados de testes
clínicos envolvendo uma série de medicamentos novos para tratar a
hepatite C. Embora as conclusões não façam parte da fase final das
pesquisas, já que as drogas ainda precisam ser testadas mais vezes,
especialistas acreditam que já é viável pensar em uma possível cura para
a doença. Os dados animadores foram divulgados durante o The Liver
Meeting (A reunião do fígado, em tradução literal), encontro anual da
Associação Americana para Estudo das Doenças do Fígado, que terminou na
última terça-feira em Boston, Estados Unidos. "Estimamos que, em 2015,
quase 100% dos pacientes poderão ser curados", disse ao site de VEJA a
gastroenterologista Maria Lúcia Ferraz, vice-presidente da Sociedade
Brasileira de Hepatologia (SBH) e uma das médicas brasileiras presentes
ao evento.
O desenvolvimento de novos remédios para tratar a
hepatite C está em constante avanço. Os pacientes com a doença
costumavam ser tratados com o interferon, um quimioterápico que estimula
o sistema imunológico, associado ao antiviral ribavirina. O tratamento
conseguia curar de 40% a 45% dos doentes e precisava ser seguido por um
período que variava de 48 a 72 semanas. Em julho deste ano, o Ministério
da Saúde anunciou que o Sistema Único de Saúde (SUS) passaria a
oferecer dois novos remédios para a hepatite C: o boceprevir e o
telaprevir, inibidores de protease que impedem a replicação do vírus e
impossibilitam o progresso da doença. Associado ao interferon e à
ribavirina, a taxa de cura da terapia subiu para 75%, com uma duração de
até 48 semanas.
Segundo Maria Lúcia Ferraz, foram apresentados
durante o encontro estudos feitos com cerca de dez novas drogas contra a
hepatite C, que agem de maneiras diferentes sobre o vírus - entre elas,
o sofosbuvir, da farmacêutica Gilead. A composição desses medicamentos,
de acordo com a médica, curou de 90% a 100% dos pacientes com um
tratamento seguido por até 24 semanas e com efeitos adversos menores do
que os da terapia convencional. "Embora os resultados não sejam
definitivos, as conclusões devem ser confirmadas nos próximos testes",
diz Maria Lúcia.
Quais as conclusões que a senhora tirou após
participar do The Liver Meeting 2012? Nesse congresso, os pesquisadores
mostraram estudos com novas drogas para tratar a hepatite C. Esses
medicamentos atuam sobre o vírus por meio de vários mecanismos
diferentes e, fazendo composições com essas drogas, os tratamentos
tiveram respostas muito altas. Os resultados fazem parte de fases
iniciais de estudos, e a maioria atingiu taxa de cura entre 90% e 100%.
Mas acredito que esses números vão se repetir conforme as pesquisas
avançarão. A mensagem do congresso é que a heptatite C vai ser muito bem
equacionada nos próximos anos. Não é para já, mas acreditamos que, em
2015, quase 100% dos pacientes poderão ser curados.
Podemos
esperar pela cura da hepatite C em 2015? Na verdade, a partir de 2015
vamos chegar muito mais perto da cura, pois os testes com a nova geração
de medicamentos deverão ser finalizados. Lógico que há pacientes cujo
tratamento é muito mais difícil, pois apresentam a doença em estágios
muito avançados. Talvez não vamos conseguir curar esses pacientes, mas
começamos a vislumbrar a possibilidade de ao menos controlar a hepatite C
neles.
Se os testes finais desses medicamentos se confirmarem,
qual será o avanço do tratamento da hepatite C? O boceprevir e o
telaprevir, que são os inibidores de protease recentemente aprovados no
Brasil para tratamento de hepatite C, curam até 75% dos pacientes e o
tratamento dura, em geral, um ano. As novas gerações de remédios para a
doença podem curar entre 90% e 100% dos indivíduos infectados, sendo
tomadas por no máximo seis meses. Além disso, os efeitos adversos,
embora não sumam completamente, têm se mostrado muito menores. Ou seja,
eles abrem portas para um tratamento cada vez mais curto, eficaz e
seguro para o problema.
Qual é a importância do surgimento de
novos remédios para essa doença? Primeiramente, há um número muito
grande de pessoas infectadas pelo vírus da hepatite C. São mais de 170
milhões de indivíduos no mundo e cerca de 1,5 milhão no Brasil. Além
disso, a infecção pode evoluir para doenças graves, como o câncer de
fígado. Então, encontrar medicamentos novos para uma doença comum e tão
grave é essencial.
Mário Luiz (Carioca) com Veja
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