Jovens estavam com “itens suspeito”; polícia diz que manifestantes estão isolados em praça
Polícia Militar já deteve mais de 40 pessoas no início da concentração
Daia Oliver/R7
Segundo a PM no local, os jovens estavam carregando elementos considerados suspeitos, como coquetéis molotov, garrafas com combustível e tinta, que poderiam ser usadas para pichação. Por volta das 17h, eles estavam isolados na praça do Patriarca, no centro de São Paulo.
Segundo o comandante da PM responsável pela operação na área, Ben-hur Junqueira, policiais estavam isolando os manifestantes, tentando evitar que eles caminhassem. O comandantes disse ainda que nenhuma liderança da Movimento Passe Livre conversou com a PM para montar um projeto para o protesto a ser feito ao longo da cidade.
De acordo com a Agência Estado, a reportagem também constatou que pessoas portando vinagre, usado para neutralizar o efeito de bombas de gás lacrimogêneo, também foram detidas. Um policial alegou que os manifestantes foram revistados porque estariam "com um produto estranho".
Últimos protestos
Marcado por tensão, o terceiro protesto contra o aumento da passagem terminou com detidos e oito policiais militares feridos. Os manifestantes iniciaram o ato na região da avenida Paulista com a rua da Consolação e depois caminharam até o centro de São Paulo.
Eles entraram em confronto com a PM na entrada do terminal Parque D. Pedro 2º, no centro de São Paulo. Um grupo teria tentado — sem sucesso — atear fogo em um ônibus, obrigando passageiros a deixar o coletivo desesperados. A Tropa de Choque jogou bombas de efeito moral e agrediu manifestantes.
Um repórter do portal R7 também foi agredido por um policial militar. Apesar de estar identificado por um crachá, o jornalista Fernando Mellis levou um golpe de cassetete nas costas. Dois jornalistas foram detidos.
O primeiro protesto aconteceu na quinta-feira (6) e começou no Teatro Municipal, no centro, e terminou na avenida Paulista. Os manifestantes entraram em confronto com a polícia e diversos atos de vandalismo foram registrados no percurso. O presidente do Sindicato dos Metroviários e outras 14 pessoas foram detidas.
No dia seguinte, o grupo se reuniu no largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, e partiu em caminhada pelas avenidas Brigadeiro Faria Lima e Rebouças até chegar à marginal Pinheiros. O protesto também teve momentos de tensão com a polícia, mas os atos de vandalismo não se repetiram na mesma proporção. Algumas pichações em ônibus e muros aconteceram.
Até a 0h20 desta quinta-feira (13), mais de 18 mil pessoas já tinham confirmado presença pela página do evento no Facebook.
Mário Luiz (Carioca) com R7
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