Fotos: Walla Santos
Uma
auditoria realizada pelo Ministério da Saúde no Hospital Arlinda
Marques, gerido pelo governo do Estado da Paraíba, comprovou
deficiências graves no tratamento a crianças cardiopatas. Segundo o
texto do próprio relatório: "Estas deficiências dificultam o acesso à
assistência e ao tratamento das crianças portadoras de cardiopatias
congênitas do Estado da Paraíba/PB, configurando portanto, um quadro
grave de injustiça social e negação lamentável do direito à vida, em
desobediência ao que preceitua o Art.7, Capítulo II da Lei N° 8080/90".Para que se tenha uma ideia, de setembro de 2009 a dezembro de 2010 o percentual de óbitos em cirurgias cardíacas era de 4,76%, enquanto que de janeiro a agosto de 2011 este percentual subiu para 35,29%, configurando um aumento de 741% em óbitos infantis.
A auditoria foi solicitada pelo Ministério Público da Paraíba e buscou avaliar as condições dos serviços de Saúde prestados as crianças paraibanas no período de janeiro a agosto de 2011.
Além disso a redução no número de cirurgias na gestão atual também seria um dos graves problemas para as acrianças cardiopatas da Paraíba, isso conforme declarações da própria Sociedade Paraibana de Pediatria. De setembro a dezembro de 2010 o hospital realizou 84 cirurgias, enquanto que de janeiro a agosto de 2011 foram realizadas apenas 17 cirurgias cardíacas.
"Da análise comparativa dos procedimentos realizados no Hospital Infantil Arlinda Marques, no período de setembro/2009 a dezembro/2010, e a relação dos procedimentos das crianças cardiopatas transferidas para outros Estados, de janeiro a julho/2011, constatou-se que do total de 71 (setenta e uma) crianças transferidas, 68 (sessenta e oito) teriam resolutividade de suas patologias no Hospital Infantil Arlinda Marques, com as condições técnico-operacionais oferecidas até dezembro/2010. Ressalta-se que, com as transferências dessas crianças, a Secretaria de Saúde do Estado da Paraíba - SES/PB gastou o montante de R$ 252.886,00 (duzentos e cinquenta e dois mil, oitocentos e oitenta e seis reais), com transporte aéreo convencional, ajuda de custo dos pacientes e familiares e UTI aérea", diz o relatório.
Leia o documento na íntegra:
Mário Luiz (Carioca) com Click PB
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