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Os depoimentos das testemunhas, o interrogatório da ré e os debates entre Ministério Público e advogados da acusada serão realizados no 5º Tribunal do Júri, no Fórum da Barra Funda, na Zona Oeste da capital paulista, a partir das 10h.
Entre as testemunhas arroladas pelo Ministério Público, defensores da ré e juiz, estão: a pivô da traição de Marcos; o detetive que gravou essa modelo com o executivo; o reverendo que alertou o empresário sobre o risco dele ser morto por Elize; as duas babás que estiveram com a bacharel antes e depois do crime; o delegado do caso; um médico legista que concluiu que o diretor ainda estava vivo quando foi decapitado; um perito que fez a reconstituição do assassinato; e um irmão da vítima.
Dúvidas
O Ministério Público de São Paulo informou em 4 de setembro que fará uma série de perguntas nesta semana aos peritos da Polícia Técnico-Científica para que eles possam esclarecer algumas dúvidas a respeito do resultado do laudo do DNA sobre o processo que apura o assassinato do empresário Marcos Kitano Matsunaga. Para a Promotoria, a principal questão a ser respondida é saber se o exame indicou a presença de sangue diferente da vítima e da assassina, a bacharel em direito Elize Araújo Matsunaga, na cena do crime.
No sábado (1º), o promotor José Carlos Cosenzo, responsável por denunciar a viúva à Justiça, havia dito que o documento do Núcleo de Biologia e Bioquímica do Instituto de Criminalística (IC) informava que foi encontrado material genético masculino e feminino que não é o do casal.
Caso a perícia confirme a informação acima, de que foi achado sangue de outra pessoa no apartamento do casal, Cosenzo afirmou ao G1 que pedirá para a Polícia Civil instaurar um novo inquérito para investigar a suspeita da participação de mais alguém na morte e esquartejamento do corpo de Marcos. Ele cogita até mesmo a possibilidade de vir a requisitar que as babás e o marido de uma delas forneça uma amostra de sangue para comparar com o colhido pelos peritos na residência dos Matsunaga, na Zona Oeste.
DNA
No documento assinado pela perita Roberta Casemiro da Rocha Hirschfeld, ela escreve que em um dos cotonetes com as amostras coletas no apartamento há "um perfil genético compatível com uma mistura de material genético de no mínimo dois indivíduos, sendo ao menos 1 deles do sexo masculino".
A perita completa que "nestes perfis, não foi observado relação de verossimilhança dos alelos neles presentes e os alelos presentes no perfil genético obtido do sangue da vítima Marcos Kitano Matsunaga, estando este excluído como possível gerador destas amostras."
DHPP
O diretor do DHPP, Jorge Carrasco, havia dito na segunda-feira (3) que também pedirá esclarecimentos aos peritos sobre o DNA encontrado na residência do casal. Enquanto isso não ocorre, ele entende que a bacharel continua sendo a única suspeita do crime e agiu sozinha, baseando-se na investigação e laudos periciais, inclusive o da reconstituição do crime.
Pedido de sigilo
Os advogados da família de Marcos entraram com um pedido na Justiça para que seja decretado sigilo no processo. A alegação se baseia no fato de que fotos da autópsia do corpo da vítima vazaram na internet, causando constrangimento aos parentes.
Segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ)-SP o pedido de segredo foi feito na segunda-feira (3), mas ainda não há nenhuma decisão a respeito.
Mário Luiz (Carioca) com G1
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