Mortes ocorreram em Itabaiana, Patos, Bayeux e João Pessoa.
No ano passado foram registradas nove mortes pela doença.
Segundo a Secretaria, os casos deste ano foram registrados em quatro municípios paraibanos. Em Itabaiana, no Agreste, foi registrado um óbito em março. Em Patos, no Sertão da Paraíba, foi registrada uma morte no mês de abril. Em João Pessoa foram contabilizadas duas mortes em junho e mais duas no mês de julho. Já em Bayeux, na região metropolitana de João Pessoa, uma morte foi registrada em julho. Quatro tiveram o quadro de febre hemorrágica da dengue (FHD) e três de dengue clássica com complicação (DCC).
Ela explicou que o manejo clínico da dengue parte da suspeita clínica da doença, cujos sintomas podem se confundir com o de outras doenças. “Sempre é hora de relembrarmos os sinais de alerta que indicam a possibilidade de quadros graves como: dores abdominais fortes e contínuas; vômitos persistentes; tonturas ao levantar (hipotensão postural); diferença entre as pressões máxima e mínima menor do que 2 cm Hg (por exemplo: 9 por 7,5 ou 10 por 8,5); fígado e baço dolorosos; vômitos hemorrágicos ou presença de sangue nas fezes; extremidades das mãos e dos pés frias e azuladas; pulso rápido e fino; agitação e/ou letargia; diminuição do volume urinário; diminuição súbita da temperatura do corpo e desconforto respiratório”, orientou.
Talita Tavares explicou que a dengue é uma doença dinâmica que pode evoluir rapidamente de uma forma para outra. Assim, um quadro de dengue clássica, em dois ou três dias podem surgir sangramentos e sinais de alerta sugestivos de maior gravidade. Daí surge a necessidade da notificação dos casos graves em até 24 horas, de acordo com a Portaria 104 do MS.
A sinalização destas situações deve ser informada ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs), pelo telefone (83) 8828-2522 (plantão 24 horas). De acordo com último boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde, de 1º de janeiro a 6 de setembro foram registrados 8.171 notificações, das quais 2.079 já foram descartadas. Foram confirmados 4.729 casos de dengue clássica, 111 por complicações e 46 de febre hemorrágica da dengue.
Algumas mortes
A primeira morte por dengue hemorrágica registrada neste ano na Paraíba foi de uma idosa de 64 anos de Itabaiana, no Agreste paraibano, em março. O caso só foi divulgado em abril deste ano. A Secretaria de Saúde do município confirmou que pelos resultados dos exames e do atestado de óbito a mulher foi vítima da dengue tipo 4.
Em abril, uma menina de 7 anos morreu em Patos, a 307km de João Pessoa. Ela deu entrada no Hospital Infantil de Patos no dia 14 de abril e foi internada na área de urgência e emergência da unidade. Segundo o diretor técnico da instituição, Almir Soares Cavalcante, a menina apresentava os sintomas de dor abdominal, vômito, falta de ar e desconforto respiratório. O quadro se agravou na manhã dia 15 de abril, quando ela passou a ter taquicardia e foi encaminhada à UTI Infantil. A menina morreu às 4h do dia 16 de abril. Em João Pessoa foram registrados quatro casos. Sendo um deles o de uma idosa de 97 anos e um outro de um jovem de 19 anos.
Mário Luiz (Carioca) com R7
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