Caminhada pela paz nas ruas de Nilópolis e ato ecumênico reuniram duas mil pessoas
Rio -
Duas mil pessoas, entre amigos
e parentes, participaram ontem de uma caminhada pela paz e em memória
dos seis jovens assassinados há uma semana em Mesquita, na Baixada
Fluminense. Carregando cartazes e vestindo camisas com as fotos de
Douglas, Vitor, Patrick, Christian, Glauber e Josias, manifestantes
fizeram um minuto de silêncio e soltaram balões brancos em frente à
Praça Senhor Canário, em Nilópolis.
De lá, seguiram até a quadra onde os jovens foram velados na
terça-feira, no bairro Cabral. No local, houve um ato ecumênico com
representantes de várias religiões.
A cerimônia foi conduzida por Dom Luciano Bergamin, bispo da Diocese de Nova Iguaçu, que lembrou todas as vítimas de chacinas na Baixada. “Que as pessoas tirem do coração todo sentimento de ódio e vingança e que os filhos ouçam mais o conselho dos seus pais”, disse o bispo.
O arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, enviou mensagem de solidariedade às famílias. Por duas horas, amigos e parentes cobraram justiça. “A nossa dor serviu para que a Chatuba tivesse paz. O povo de lá não vivia. Estava vegetando por causa da violência”, disse Paulo Henrique Carvalho, irmão de Patrick.
SEGURANÇA
Os manifestantes pediram mais segurança para a região e para o Campo de Gericinó, área do Exército, onde o grupo e mais três pessoas, incluindo um pastor, teriam sido torturados e mortos por traficantes da Chatuba. “Depois que o Exército abandonou o local, os vagabundos tomaram conta. Não tenho dúvidas de que eles foram mortos na área militar”, criticou o pedreiro Cildes Vieira, 42 anos, pai do Christian.
Ele disse que pretende entrar na Justiça contra o governo do estado e o Exército. “Não há indenização que pague a morte do meu filho. Mas não podemos deixar que essa tragédia caia no esquecimento”, disse Cildes Vieira.
Missa campal lembra morte em posto
Com bolas brancas trazendo mensagens de paz, mais de 200 fiéis assistiram à missa campal em homenagem a comerciante Cláudia Lago dos Santos, de 33 anos. Ela foi morta após ser baleada em perseguição de policiais a bandido no PAM de Coelho Neto, no início do mês.
A cerimônia foi em frente ao Colégio Interativo, por onde o bandido fugiu após atingir Cláudia. Marido da comerciária, Daniel Soares, acompanhou o evento, emocionado:“Que ela descanse em paz”.
SOLIDARIEDADE
Mães de vítimas do massacre na escola Tasso da Silveira, em Realengo, participaram da caminhada em Nilópolis. “Sabemos o que as famílias estão sentindo. Temos que nos unir para acabar com tanta violência”, disse Kátia da Silva Pinto, 36, mãe de Rafael, uma dos mortos.
Os jovens de Nilópolis saíram sábado para ir a uma cachoeira, e seus corpos foram achados na segunda-feira perto da Via Dutra. Acusados do crime, Juninho, Jonas,Sheik e Ratinho estão foragidos.
Mário Luiz (Carioca) com O Dia
Fotografias de Patrick, Christian, Glauber, Josias, Douglas e Victor foram estampadas em cartazes e camisas por moradores, que pediam paz | Foto: André Mourão / Agência O Dia
A cerimônia foi conduzida por Dom Luciano Bergamin, bispo da Diocese de Nova Iguaçu, que lembrou todas as vítimas de chacinas na Baixada. “Que as pessoas tirem do coração todo sentimento de ódio e vingança e que os filhos ouçam mais o conselho dos seus pais”, disse o bispo.
O arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, enviou mensagem de solidariedade às famílias. Por duas horas, amigos e parentes cobraram justiça. “A nossa dor serviu para que a Chatuba tivesse paz. O povo de lá não vivia. Estava vegetando por causa da violência”, disse Paulo Henrique Carvalho, irmão de Patrick.
SEGURANÇA
Os manifestantes pediram mais segurança para a região e para o Campo de Gericinó, área do Exército, onde o grupo e mais três pessoas, incluindo um pastor, teriam sido torturados e mortos por traficantes da Chatuba. “Depois que o Exército abandonou o local, os vagabundos tomaram conta. Não tenho dúvidas de que eles foram mortos na área militar”, criticou o pedreiro Cildes Vieira, 42 anos, pai do Christian.
Ele disse que pretende entrar na Justiça contra o governo do estado e o Exército. “Não há indenização que pague a morte do meu filho. Mas não podemos deixar que essa tragédia caia no esquecimento”, disse Cildes Vieira.
Missa campal lembra morte em posto
Com bolas brancas trazendo mensagens de paz, mais de 200 fiéis assistiram à missa campal em homenagem a comerciante Cláudia Lago dos Santos, de 33 anos. Ela foi morta após ser baleada em perseguição de policiais a bandido no PAM de Coelho Neto, no início do mês.
A cerimônia foi em frente ao Colégio Interativo, por onde o bandido fugiu após atingir Cláudia. Marido da comerciária, Daniel Soares, acompanhou o evento, emocionado:“Que ela descanse em paz”.
SOLIDARIEDADE
Mães de vítimas do massacre na escola Tasso da Silveira, em Realengo, participaram da caminhada em Nilópolis. “Sabemos o que as famílias estão sentindo. Temos que nos unir para acabar com tanta violência”, disse Kátia da Silva Pinto, 36, mãe de Rafael, uma dos mortos.
Os jovens de Nilópolis saíram sábado para ir a uma cachoeira, e seus corpos foram achados na segunda-feira perto da Via Dutra. Acusados do crime, Juninho, Jonas,Sheik e Ratinho estão foragidos.
Mário Luiz (Carioca) com O Dia
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