sábado, 27 de outubro de 2012

Brasil é um dos países da América Latina com mais alunos em Harvard

Com 85 estudantes, país fica atrás só do México, com 86, entre os latinos.

'Tem muita gente que ama o Brasil', diz Deborah Alves, estudante do 2º ano.


Deborah Alves, de 19 anos, está no seu segundo ano em Harvard. Ela quer se formar em ciências da computação, mas também faz aulas de dança e música (Foto: Arquivo pessoal)Deborah Alves, de 19 anos, na aula de canto; ela quer se formar em ciências da computação, mas também estuda dança e música (Foto: Arquivo pessoal)
O Brasil é um dos países da América Latina que mais possui alunos na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, uma das mais conceituadas do mundo. Segundo levantamento divulgado pela instituição na semana passada, atualmente há 85 brasileiros em todas as escolas de Harvard, incluindo graduação e pós. O número subiu 37% em dois anos – em 2010, os brasileiros eram representados por 62 alunos. Neste ano, os estudantes Tábata Amaral, de São Paulo, e João Henrique Vogel, do Rio de Janeiro, ambos com 18 anos,  foram aceitos na graduação e ajudaram a engrossar o número de brasileiros em Harvard.
Entre os latinos, os brasileiros perdem em representatividade por muito pouco para os mexicanos. Neste ano, eles são 86 em Harvard (um a mais do que os brasileiros); no ano passado eram 77; e em 2010, 83 estudantes. Entres os estrangeiros, quem lidera o ranking são os chineses (686), seguidos pelos canadenses (556) e sul-coreanos (304). No total, a instituição possui 21 mil estudantes, dos quais 4.404  são estrangeiros (veja tabela abaixo).
Associação de brasileiros
Deborah Alves, de 19 anos, é de São Paulo, está no seu segundo ano em Harvard e se tornou umas das co-presidentes da Harvard Undergraduate Brazilian Association (HUBA), em português, Associação dos Alunos Brasileiros de Graduação de Harvard.
Grupo de brasileiros que estuda em Harvard (Foto: Arquivo pessoal)Grupo de brasileiros que estuda em Harvard (Foto: Arquivo pessoal)
A estudante diz que a imagem do brasileiro na universidade é muito positiva e o país causa curiosidade. “Tem muita gente que ama o Brasil e quando conhece um de nós fica contente, pergunta várias coisas, ainda mais com a Copa do Mundo e as Olimpíadas chegando”, diz.
ESTRANGEIROS MATRICULADOS EM  HARVARD (novembro 2012)
País Nº de alunos
Países da América Latina
Argentina 38
Bolívia 1
Brasil 85
Chile 35
Colômbia 42
Costa Rica 7
Equador 8
El Salvador 4
Guatemala 2
Haiti 1
México 86
Nicarágua 3
Panamá 3
Paraguai 3
Peru 28
República Dominicana 5
Uruguai 6
Venezuela 7
Países fora da América Latina
China 686
Canadá 556
Coreia do Sul 304
Índia 251
Reino Unido 202
Alemanha 154
Singapura 138
Austrália 118
Fonte: Universidade de Harvard
Deborah conta que o número de interessados em aprender o português aumentou, principalmente entre os latinos. Para ela, o contingente de brasileiros em Harvard deve ganhar força, pois os estudantes têm tido mais acesso às informações sobre o processo seletivo e conhecimento sobre a oportunidade de disputar vagas nas universidades americanas. “Harvard está definitivamente interessada em ter mais alunos brasileiros.”
A jovem quer se formar em ciências da computação e matemática, mas também tem interesse em artes visuais. Neste semestre, estuda música, desenho, economia e computação gráfica. E apesar de gostar muito da infraestrutura e das oportunidades oferecidas por Harvard, Deborah pretende voltar para casa quando se formar. “Adoro morar em Cambridge (nos Estados Unidos), mas sinto muita saudade do Brasil. Também acho que o Brasil tem potencial a ser desenvolvido na minha área e quero fazer parte disso.”
Cobiçada
O número de brasileiros admitidos em Harvard a cada ano não é fixo, não há uma cota pré-estabelecida. Mas a universidade é uma das mais cobiçadas por quem faz o ‘application’, vestibular americano. Além da prova em inglês que avalia o conhecimento e raciocínio em várias disciplinas, o candidato precisa passar por testes de proficiência em inglês, fazer cartas de recomendação, redações, entrevistas. Também são analisadas as atividades extracurriculares do estudante, como prática esportiva e trabalho voluntário.
Outra característica das universidades americanas é o sistema ‘liberal arts’, onde o aluno tem a possibilidade de definir a carreira que vai seguir em até dois anos do curso. Neste período, pode experimentar as disciplinas que mais os interessa, variando entre exatas, humanas, biológicas, artes, entre outros. Depois de optar por uma carreira específica ainda pode mesclar disciplinas de outros campos do conhecimento.


Mário Luiz (Carioca) com G1

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