Cerimônia foi realizada no fim da tarde deste sábado (28), em Salvador.
Amigos, parentes e admiradores participaram de missa aberta ao público.
Filho de Regina Dourado, vestido de camisa branca, esteve ao lado da mãe (Foto: Ida Sandes/G1)
Uma missa realizada na tarde deste domingo (28), em Salvador, reuniu
amigos, parentes e fãs da atriz baiana Regina Dourado. Ela morreu na
manhã de sábado (27) após uma semana internada em estado grave na
capital baiana. A artista lutava contra um câncer descoberto em 2003.
Após a missa, o corpo de Regina foi levado para cerimônia de cremação, realizada também neste domingo, com acesso restrito aos familiares da atriz.
Missa teve a participação de amigos, parentes e
admiradores (Foto: Ida Sandes/G1)
admiradores (Foto: Ida Sandes/G1)
Muito abalado, o filho da atriz, o publicitário Leonardo Dourado, falou
sobre o aprendizado com a mãe. "Ela era guerreira demais. [Tinha]
determinação, caráter, força, seriedade na forma de ver e viver a vida,
muito respeito pela vida. Uma pessoa fantástica", disse ao G1.
Ainda segundo Leonardo, os últimos dias com a mãe ocorreram "em paz,
com a familia do lado, com os amigos, bem tranquila, bem cuidada".
A família de Regina abriu a cerimônia de despedida para os fãs da atriz. O velório, realizado durante o sábado, também teve acesso permitido ao público.
Após missa, corpo seguiu para cerimônia de cremação em cemitério de Salvador (Foto: Ida Sandes/G1)
Repercussão
A morte da atriz Regina Dourado na manhã de repercutiu entre a classe artística. A cantora baiana Daniela Mercury disse lamentar a morte da conterrânea, com quem teve a oportunidade de compartilhar alguns momentos.
A morte da atriz Regina Dourado na manhã de repercutiu entre a classe artística. A cantora baiana Daniela Mercury disse lamentar a morte da conterrânea, com quem teve a oportunidade de compartilhar alguns momentos.
"Regina era uma amiga querida com quem eu tive a chance de conviver.
Era uma mulher forte, que tinha um coração enorme, e foi uma guerreira,
uma mulher corajosa", disse Daniela.
A cantora também comentou sobre o câncer de mama descoberto pela atriz
em 2003, doença que, apesar dos tratamentos, retornou e se agravou,
provocando metástase. Segundo familiares, Regina Dourado morreu de
falência múltipla dos órgãos neste sábado.
"Foram anos de muita luta. Sinto muito a perda dela, fiquei muito
triste com a notícia. Era uma atriz baiana que nos orgulhava muito, que
se destacou nacionalmente e tinha um talento tamanho. Vou sentir
saudade", disse Daniela Mercury. Entre os momentos que as duas
conviveram estão as diversas passagens de Regina Dourado como convidada
no camarote da cantora no carnaval de Salvador.
Carreira
Regina Maria Nascimento Dourado começou na "Companhia Baiana de Comédias". Estudou canto e participou do Grupo de Dança Contemporânea da Universidade Federal de Bahia, do Coral Ars Livre e do Grupo Zambo. Ela estreou na TV durante o especial "A Morte e a Morte de Quincas Berro D'água", dirigido por Walter Avancini em 1978.
Regina Maria Nascimento Dourado começou na "Companhia Baiana de Comédias". Estudou canto e participou do Grupo de Dança Contemporânea da Universidade Federal de Bahia, do Coral Ars Livre e do Grupo Zambo. Ela estreou na TV durante o especial "A Morte e a Morte de Quincas Berro D'água", dirigido por Walter Avancini em 1978.
A atriz atuou nas novelas "Pai Herói" (1979); "Cavalo Amarelo" (1980)
(Bandeirantes); "Pão Pão, Beijo Beijo" (1983) quando voltou para a Globo
e ganhou sua primeira grande personagem em novelas como Lalá Serena;
"Roque Santeiro" (1985); "Felicidade" (1991), "Renascer" (1993);
"Tropicaliente" (1994); "Explode Coração" (1995) (Globo); "Rei do Gado"
(1996); "Anjo Mau" (1997); "Andando Nas Nuvens" (1999); "Esperança"
(2002); "Seus Olhos" (2004) no SBT; "América" (2005) (Globo); "Bicho do
Mato" (2006-2007) (Record), e seu último trabalho na televisão na novela
"Caminhos do Coração" (2008), na Record.
Em "Explode Coração", da autora Glória Perez, Regina contracenou com o
ator Rogério Cardoso. Eles fizeram o casal Lucineide e Salgadinho, que
garantiu momentos cômicos à trama com o bordão “Stop, Salgadinho!”,
reconhecido pelas ruas do país.
Entre seriados e minisséries, participou de "Lampião e Maria Bonita"
(1982); "O Pagador de Promessas" (1988); "O Sorriso do Lagarto" (1991);
"Tereza Batista" (1992).
No teatro, Regina Dourado atuou em "Vidigal"; "Memórias de um Sargento
de Milícias"; "Declaração de Amor Explícito"; "Rei Brasil 500 Anos";
"Uma Ópera Popular"; "Tratado Geral da Fofoca"; "Paixão de Cristo" (2011
e 2012 – Salvador) no papel de "Maria, mãe de Jesus".
Já no cinema, a atriz fez participações em "Sandra Rosa Madalena"
(1978) como uma cigana dançarina, em "Amante Latino" (1979); cantou para
a trilha sonora de "O Encalhe – Sete Dias de Agonia" (1982); "Baiano
Fantasma", em 1984; "Tigipió – Uma Questão de Amor e Honra", (1986);
"Corpo em Delito" (1990); "Corisco & Dada" (1996); "No Coração dos
Deuses" (1999); "Espelho D`água – Uma Viagem no Rio São Francisco"
(2004).
No carnaval de 1997, em Salvador, a atriz participou de uma homenagem
ao escritor baiano Jorge Amado interpretando o papel de Tieta, ao lado
de artistas como Gilberto Gil, Maria Betânia e outros.
Mário Luiz (Carioca) com G1
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