Apenas sete gols. Pela contas de Túlio Maravilha, falta pouco para
entrar para história do Botafogo e do futebol brasileiro. Hoje, diante
do Boavista, às 15h30m, na preliminar do jogo entre o Alvinegro e o
Atlético-GO, no Engenhão, o atacante, de 43 anos, volta a vestir a
camisa que o consagrou para iniciar a contagem regressiva rumo ao gol
1000 de sua carreira. A cereja no bolo de uma trajetória construída por
muitos times, mas só uma paixão: a Estrela Solitária.
Muita gente questiona as suas contas. Isso te incomoda?
Se nem Jesus Cristo agradou a todos, imagina Túlio Maravilha, um simples mortal. Meu objetivo é o torcedor do Botafogo, e eles estão contando comigo. Qualquer jogo que tenha registro está valendo. Se colocar só Série A e jogos oficiais, nem o Romário e o Pelé chegaram aos mil gols. Muito menos, eu. Acho que vale esse folclore.
Por que fazer o gol mil pelo Botafogo?
É um namoro que começou em 94 e se tornou casamento em 95, com o título brasileiro. Fui duas vezes artilheiro vestindo esta camisa e sou responsável por grande parte da nova geração de torcedores. Quero fechar esta história com chave de ouro.
Neste casamento, existe algo que você gostaria de ter feito diferente?
Eu gostaria de nunca ter saído do Botafogo. Nada contra o Corinthians, para onde fui em 1997, mas hoje vejo que teria sido mais feliz permanecendo no Glorioso até o fim da minha carreira. Aí sim, eu seria o maior artilheiro de todos os tempos do clube.
Dos 993 gols, qual foi o mais marcante?
Sem dúvida, o gol do título brasileiro, contra o Santos, no Pacaembu. Se não fosse ele, até hoje a gente estaria na fila. Íamos estar piores até do que o Atlético-MG. Seriam mais de 20 anos de jejum. Espero que saia logo um outro gol de título, porque a torcida não aguenta mais viver do passado.
O que você pode dizer sobre o momento atual do ataque alvinegro?
O clube está carente de um matador. Com as saídas do Loco Abreu, do Herrera e do Caio, o Botafogo perdeu a referência lá na frente. Aí, na hora que foi procurar, o mercado já tinha se esgotado. Veio o Bruno Mendes, que é uma grata surpresa, mas tem que ser trabalhado com calma.
E o Rafael Marques? As críticas são justas?
Ele passou muito tempo no futebol japonês e, talvez, esteja tendo dificuldades de adaptação. Chegou para resolver os problemas do Botafogo, e isso pode ter se tornado um obstáculo para ele. Não está dando certo, mas vale ter um pouco mais de paciência. O garoto não é de todo ruim.
O Túlio teria uma vaga nesse ataque?
É bom imaginar como seria juntar o Seedorf com o Túlio, mas eu procuro ser realista e ter o pé no chão. Tecnicamente eu sei que sou capaz, mas tenho 43 anos, não sou um garoto. Quem sabe não será dele o passe para o tão sonhado milésimo?
O Botafogo optou por não te inscrever no Brasileirão. Ficou frustrado?
Não é frustração. Fiquei surpreso. Achava que, além de uma jogada de marketing, a minha presença daria ao Botafogo uma carta na manga para disputar o título ou uma vaga na Libertadores, mas não foi possível. Infelizmente, é a vida...
Dava para fazer uma frente contra o Fred?
Ele é o artilheiro do Brasileirão e o comandante do ataque mais positivo da competição, mas já fui três vezes artilheiro da Série A. Só eu, o Dadá Maravilha e o Romário conseguimos isso. Ele ainda vai ter que ralar muito para chegar aonde nós chegamos.
O futebol brasileiro está muito careta?
Quando aparece alguém diferente, o pessoal já quer logo podar, porque está incitando a violência. Futebol é arte. A regra é clara, como diz o Arnaldo, né. Pode inventar, dar espetáculo, desde que não roube, não faça gol de mão, o resto está valendo.
Mas você já fez gol de mão, né?
Na verdade, aquilo foi uma ajeitada, né. Não foi um gol de mão. Foi contra a Argentina, na Copa América, e contra eles vale tudo. Ali, não foi problema meu, mas do juiz. Ele que não marcou. Os argentinos têm que ficar bravos com ele.
Você se aventurou na política e acabou tendo seu nome envolvido em polêmicas. Política, nunca mais?
Nunca mais é uma expressão muito forte. A vida é feita de oportunidades, de momento, mas o objetivo agora é trabalhar com futebol. O futuro a Deus pertence e vou analisar com carinho qualquer proposta.
E no futebol, pensa em ser dirigente?
Não. Quero ajudar o Botafogo de outras maneiras. De repente, no Showbol. Já fui convidado e pode ter certeza: quando estrear, vou atrás dos mil gols. Acho que em cinco anos eu chego a mais um milésimo.
Aos 43 anos, você ainda se acha um galã?
Já fui flor do campo, agora sou tiririca do brejo. Minha fase símbolo sexual já passou. Hoje, o Neymar que é o galã das menininhas. Que aproveite, porque depois começa a cair tudo. Sei bem como é isso... (risos).
Muita gente questiona as suas contas. Isso te incomoda?
Se nem Jesus Cristo agradou a todos, imagina Túlio Maravilha, um simples mortal. Meu objetivo é o torcedor do Botafogo, e eles estão contando comigo. Qualquer jogo que tenha registro está valendo. Se colocar só Série A e jogos oficiais, nem o Romário e o Pelé chegaram aos mil gols. Muito menos, eu. Acho que vale esse folclore.
Por que fazer o gol mil pelo Botafogo?
É um namoro que começou em 94 e se tornou casamento em 95, com o título brasileiro. Fui duas vezes artilheiro vestindo esta camisa e sou responsável por grande parte da nova geração de torcedores. Quero fechar esta história com chave de ouro.
Neste casamento, existe algo que você gostaria de ter feito diferente?
Eu gostaria de nunca ter saído do Botafogo. Nada contra o Corinthians, para onde fui em 1997, mas hoje vejo que teria sido mais feliz permanecendo no Glorioso até o fim da minha carreira. Aí sim, eu seria o maior artilheiro de todos os tempos do clube.
Dos 993 gols, qual foi o mais marcante?
Sem dúvida, o gol do título brasileiro, contra o Santos, no Pacaembu. Se não fosse ele, até hoje a gente estaria na fila. Íamos estar piores até do que o Atlético-MG. Seriam mais de 20 anos de jejum. Espero que saia logo um outro gol de título, porque a torcida não aguenta mais viver do passado.
O que você pode dizer sobre o momento atual do ataque alvinegro?
O clube está carente de um matador. Com as saídas do Loco Abreu, do Herrera e do Caio, o Botafogo perdeu a referência lá na frente. Aí, na hora que foi procurar, o mercado já tinha se esgotado. Veio o Bruno Mendes, que é uma grata surpresa, mas tem que ser trabalhado com calma.
E o Rafael Marques? As críticas são justas?
Ele passou muito tempo no futebol japonês e, talvez, esteja tendo dificuldades de adaptação. Chegou para resolver os problemas do Botafogo, e isso pode ter se tornado um obstáculo para ele. Não está dando certo, mas vale ter um pouco mais de paciência. O garoto não é de todo ruim.
O Túlio teria uma vaga nesse ataque?
É bom imaginar como seria juntar o Seedorf com o Túlio, mas eu procuro ser realista e ter o pé no chão. Tecnicamente eu sei que sou capaz, mas tenho 43 anos, não sou um garoto. Quem sabe não será dele o passe para o tão sonhado milésimo?
O Botafogo optou por não te inscrever no Brasileirão. Ficou frustrado?
Não é frustração. Fiquei surpreso. Achava que, além de uma jogada de marketing, a minha presença daria ao Botafogo uma carta na manga para disputar o título ou uma vaga na Libertadores, mas não foi possível. Infelizmente, é a vida...
Dava para fazer uma frente contra o Fred?
Ele é o artilheiro do Brasileirão e o comandante do ataque mais positivo da competição, mas já fui três vezes artilheiro da Série A. Só eu, o Dadá Maravilha e o Romário conseguimos isso. Ele ainda vai ter que ralar muito para chegar aonde nós chegamos.
O futebol brasileiro está muito careta?
Quando aparece alguém diferente, o pessoal já quer logo podar, porque está incitando a violência. Futebol é arte. A regra é clara, como diz o Arnaldo, né. Pode inventar, dar espetáculo, desde que não roube, não faça gol de mão, o resto está valendo.
Mas você já fez gol de mão, né?
Na verdade, aquilo foi uma ajeitada, né. Não foi um gol de mão. Foi contra a Argentina, na Copa América, e contra eles vale tudo. Ali, não foi problema meu, mas do juiz. Ele que não marcou. Os argentinos têm que ficar bravos com ele.
Você se aventurou na política e acabou tendo seu nome envolvido em polêmicas. Política, nunca mais?
Nunca mais é uma expressão muito forte. A vida é feita de oportunidades, de momento, mas o objetivo agora é trabalhar com futebol. O futuro a Deus pertence e vou analisar com carinho qualquer proposta.
E no futebol, pensa em ser dirigente?
Não. Quero ajudar o Botafogo de outras maneiras. De repente, no Showbol. Já fui convidado e pode ter certeza: quando estrear, vou atrás dos mil gols. Acho que em cinco anos eu chego a mais um milésimo.
Aos 43 anos, você ainda se acha um galã?
Já fui flor do campo, agora sou tiririca do brejo. Minha fase símbolo sexual já passou. Hoje, o Neymar que é o galã das menininhas. Que aproveite, porque depois começa a cair tudo. Sei bem como é isso... (risos).
Mário Luiz (Carioca) com Extra
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