Evento reuniu cerca de 1.500 pessoas neste sábado.
Marcha pede menos violência, menos preconceito e mais visibilidade.
Caminhada reúne lésbicas e bissexuais na
Avenida Paulista (Foto: Mariana Palma/G1)
Um dia antes da 17ª edição da Parada Gay de São Paulo,
que acontece neste domingo (2), a Avenida Paulista foi palco da 11ª
Caminhada de Lésbicas e Bissexuais contra a violência e preconceito. A
concentração começou por volta das 12h30 deste sábado (1º), no vão livre
do Museu de Arte de São Paulo (Masp), onde começará também a Parada
Gay. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 1.500 pessoas participam
da marcha.Avenida Paulista (Foto: Mariana Palma/G1)
Carregando cartazes com dizeres como "basta de machismo, chega de racismo, fora lesbofobia" e "violência contra a mulher não é o mundo que a gente quer", o grupo pedia o fim do preconceito e respeito aos direitos.
As mulheres começaram a batucar, convocando as pessoas que passavam a se juntar no protesto. Algumas pegaram o microfone e gritaram "fora Feliciano", em referência ao deputado federal do PSC-SP que preside a comissão de Direitos Humanos da Câmara.
Outros participantes, inclusive homens, travestis e estrangeiros usaram o microfone para discursar antes de começar a caminhada, defendendo os direitos e criticando o preconceito contra o relacionamento entre duas mulheres.
Célia Alldridge, militante em São Paulo da Marcha Mundial das Mulheres, diz que todas devem ser livres. “Estamos aqui pra desmascarar a lesbofobia, exigimos o direito de ir e vir livremente”, disse. “O casamento só não basta, queremos transformação social e mudar o mundo que vivemos e o sistema que nos mantêm prisioneiras dentro da nossa casa.”
A estudante Beatriz Nunes Campello, de 18 anos, participa pela primeira vez da caminhada. "Temos que lutar pelos direitos. Fui muito segregada por ser diferente e acho que as pessoas têm que aceitar as diferenças.”
Não apenas homossexuais participaram da caminhada. A empresária Manuela Nunes, de 42 anos, é heterossexual e fez questão de ir para protestar contra todos os tipos de discriminação. "Seria muito melhor para o nosso mundo se não houvesse preconceito."
O ato está previsto para terminar na Praça Roosevelt, com shows das cantoras Joana Flor e Luana Hansen, das bandas Dona Selma vai à Feira, Anti_corpos e Santa Claus e dos DJs Barbara Deister e DJ Lix.
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) monitora o trânsito na região desde o começo do evento até as 21h deste sábado. Por causa da marcha, sete linhas de ônibus tiveram seus itinerários alterados e, além disso, foram feitos bloqueios temporários nas vias durante a passagem dos manifestantes.
Caminhada reúne lésbicas e bissexuais na Avenida Paulista (Foto: Mariana Palma/G1)
Mário Luiz (Carioca) com G1
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