De acordo com a explanação do delegado regional Marcos Paulo Vilela, da 2ª DRPC, em Campina Grande, no dia 28 de maio, por volta das 14h30, Maria da Conceição e José Júnior levaram Lucas para uma casa abandonada na zona rural de São Sebastião de Lagoa de Roça. "Foram os três na motocicleta: ela pilotando, o menino no meio e José Júnior atrás", detalhou Marcos Paulo, com base nos depoimentos dos acusados.
Chegando ao local, Maria ficou na motocicleta, enquanto José Júnior se dirigiu para dentro do imóvel com Lucas, que não desconfiou de nada. Lá dentro da casa, a criança foi assassinada por asfixia e deixada embaixo de uma sinuca que havia dentro do recinto. "O local para matar Lucas não foi escolhido por acaso. José Júnior já trabalhou no sítio e conhecia muito bem a movimentação do setor", disse Marcos Paulo.
Após matar o menino, o casal saiu do local, mas acabou sendo visto por uma testemunha que foi fundamental nas investigações policiais. "Essa pessoa, que obviamente não vou citar o nome, chegou a conversar com Maria e José Júnior, oferecendo-lhes gasolina, já que a moto estava faltando combustível na hora em que eles iam embora sem o menino. A testemunha nos disse que José Júnior estava um pouco nervoso, ao passo em que Maria não esboçava qualquer comportamento suspeito", acrescentou o delegado.
Nos dias seguintes, a mãe de Lucas passou informar o desaparecimento do menino e a procurar pelo seu filho com a ajuda da Polícia Militar, porém nunca levava os policiais ao local onde o garoto foi encontrado morto. "Na verdade, ela estava mesmo era dificultando o trabalho da polícia", afirmou Vilela. O corpo de Lucas foi encontrado nessa segunda-feira (3), na mesma casa onde a criança foi assassinada.
Ouvida pelos delegados Júlio e Patrícia, de Alagoa Nova, Maria da Conceição passou à condição de suspeita, por apresentar diversas contradições no depoimento que deu às autoridades policiais. Ela e seu amante foram indicados por homicídio triplamente qualificados e ocultação de cadáver,
Relação familiar - A Polícia Civil apurou ainda que o pai biológico de Lucas é deficiente mental e está internado. Maria da Conceição vivia conjugalmente com um irmão do pai do menino, ou seja, um tio de Lucas, motivo este que levou o garoto a questionar o romance da mãe com o agricultor José Júnior.
Troca de acusações - Durante entrevista coletiva concedida na manhã desta quarta-feira (5) na sede da 2ª DRPC, Maria da Conceição admitiu que mantinha um romance com José Júnior, mas negou ter participação no homicídio do filho. No mesmo instante, seu companheiro reafirmou diante da imprensa que Maria está diretamente envolvida na morte de Lucas, mantendo, portanto, a versão que deu em todos os depoimentos à Polícia Civil.
Mário Luiz (Carioca) com Secom-PB
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