Uma propaganda veiculada esta semana por uma organização denominada Fórum Permanente Pernambuco Pró-Vida (FPP-PV) causou revolta entre os internautas nas redes sociais nesta terça-feira. Com o slogan 'Pernambuco não te quer', a propaganda tem como alvo crimes como exploração sexual de menores, pedofilia e turismo sexual, além da prostituição. O homossexualismo aparece em meio aos temas citados.
Nas redes sociais, a equiparação da homossexualidade às demais práticas por parte da organização gerou indignação, e os perfis do grupo no Twitter e Facebook foram alvo de críticas e comentários.
Na página do Pró-Vida no Facebook, um dos posts chamava os seguidores a lutar contra a "proliferação do homossexualismo". "Lute contra a pedofilia, exploração sexual de menores, prostituição, e a proliferação do homossexualismo! Junte-se a nós! Lute pela vida e pelos valores cristãos", dizia a mensagem do grupo, que se denomina cristão e atuante na defesa a favor da vida.
Centenas de internautas revoltados comentaram a mensagem, pedindo inclusive a denúncia do grupo ao Ministério Público pelo crime de homofobia e por incitação ao ódio.
Jornais impressos de Pernambuco que teriam publicado a propaganda também estão sofrendo pressão nas redes, com inúmeros pedidos de retratação pela veiculação da mensagem. A repercussão fez com que a capital pernambucana Recife ficasse entre os temas mais comentados do Twitter na manhã desta terça-feira.
Em resposta, o jornal Folha de Pernambuco divulgou pelo Twitter e Facebook nota em que afirma manter relação de respeito com a comunidade LGBT, e que a propaganda não reflete a posição do jornal. Leia na íntegra:
Com referência ao anúncio publicitário autorizado e pago pelo Instituto Pró-Vida PE, publicado na edição de segunda-feira, dia 3 de setembro, a Folha de Pernambuco afirma que o seu conteúdo de forma alguma reflete a opinião do Jornal. Ao longo dos seus 14 anos, a Folha vem construindo e mantendo uma relação de respeito junto aos seus leitores, focado na promoção dos direitos humanos, inclusive da comunidade LGBT, com quem o jornal mantém diálogo constante.
Mário Luiz (Carioca) com TERRA
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