Dispositivo tem válvula que atuará como bolsa de gelo na cabeça do "caveira" ferido
Desenvolvido após 20 anos de pesquisa, o protótipo impede que as lesões no cérebro aumentem, dando mais tempo para a transferência e socorro adequado ao policial atingido por um tiro, por exemplo. O acordo de cooperação técnico-científica foi assinado, em agosto, com o Comando da Polícia Militar.
Segundo Rozental, o dispositivo deve ser ativado pelo policial que estiver próximo ao militar ferido. Ao ser acionado, gases são injetados em válvulas que resfriam o cérebro, diminuindo a pressão intracraniana.
– É como se colocássemos gelo no local da lesão, impedindo a propagação do edema.
Os estudos sobre a temperatura no interior do cérebro tiveram apoio da Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), ligada à Secretaria de Ciência e Tecnologia, que liberou verba de R$ 450 mil por meio do edital Pensa Rio.
Ainda de acordo com o neurocientista, após a assinatura do convênio, o projeto irá passar por uma fase de testes para chegar à definição de qual será o melhor protótipo para os homens do Bope.
– Precisarei de cerca de um ano para fazer simulações e chegar ao melhor protótipo para, depois, executá-lo. Esse processo é custoso. Depois que ele estiver definido, fica mais fácil reproduzi-lo.
Projeto deve ser ampliado em breve
O neurocientista negocia com o Ministério da Saúde e o Ministério da Defesa um acordo para produzir toucas com o mesmo dispositivo de resfriamento, porém mais flexíveis, que serão utilizadas em vítimas de acidentes em que ocorra traumatismo cranioencefálico e também em ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
Mário Luiz (Carioca) com R7
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