sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Na Paraíba, 24 pessoas esperam por cirurgia para mudança de sexo

20 homens e 4 mulheres fazem acompanhamento para cirurgia no ambulatório para travestis do Clementino

Diego em tratamento há quase 2 anos
Diego em tratamento há quase 2 anos
Mais de 350 transexuais e travestis foram atendidos desde julho de 2013 pelo Ambulatório para Travestis e Transexuais do Hospital Clementino Fraga, em João Pessoa. O serviço, segundo o gerente do ambulatório, Sérgio de Araújo, conta com seis especialistas de diferentes áreas para acompanhamento médico e tem atualmente 110 clientes cadastrados. A previsão para a reforma e inauguração do bloco cirúrgico do hospital, que pode abrigar cirurgias de mudança de sexo, aconteça até o final deste ano e a primeira cirurgia seja feita em 2015. Atualmente, 24 pessoas na Paraíba estão na espera para fazer a transgenitalização.

Em seis meses de atendimento, o ambulatório se tornou centro de referência para atendimento do público LGBT, pois é o primeiro do tipo na região Nordeste e um dos seis existentes em todo o país. “O ambulatório é uma referência no país porque é o mais completo que existe. Já atendemos pacientes de fora do Estado, que vieram de Recife e Caruaru”, afirma o gerente. De acordo com Sérgio, quatro mulheres e 20 homens estão fazendo um acompanhamento específico para a cirurgia de mudança de sexo.

O ambulatório oferece acompanhamento para travestis e transexuais por médicos de seis especialidades: endocrinologia, fonoaudiologia, ginecologia, nutrcionista, psicologia e psiquiatria. “Ainda este ano teremos mais dois psiquiatras para incorporar na equipe”, destacou Sérgio. Para os que desejam fazer a cirurgia de mudança de sexo, é feito um acompanhamento específico. “Nós fazemos um acompanhamento de dois anos com esses pacientes, pois a cirurgia só pode ser feita com aval do psiquiatra e do psicólogo. Também tem que ser feita a hormonioterapia, uma série de exames clínicos como o de risco cirúrgico e o exame de sangue, todos os exames pré-operatórios”, explica o gerente do ambulatório.

Mário Luiz (Carioca) com G1

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