terça-feira, 7 de novembro de 2017

'Intolerância contra corrupção é novidade muito importante na vida brasileira', diz Raquel Dodge

Em evento realizado no Rio, procuradora-geral da República afirmou ainda há sinais muito preocupantes de ofensas a direitos fundamentais. 
  A procuradora-geral da República, Raquel Dodge (Foto: José Cruz, Agência Brasil)A procuradora-geral da República, Raquel Dodge (Foto: José Cruz, Agência Brasil)

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou nesta segunda-feira (6), no Rio, que a intolerância com a corrupção tem aumentado no país. Ela participou da cerimônia de entrega do 6º Prêmio Patrícia Accioli de Direitos Humanos, promovido pela Associação dos Magistrados do estado, na sede do Tribunal de Justiça, no Centro.
"A intolerância com a corrupção e com a ineficiência na gestão pública tem aumentando. E isto deve ser saudado. Pois é fruto do precioso debate público de ideias. Do direito de reunião e de associação, que são peças essenciais de nossa democracia", disse ela no discurso.
"Eu saúdo essa intolerância como uma novidade muito importante na vida pública brasileira. As pessoas estão cada vez mais atentas para o que acontece com o patrimônio público. As pessoas têm consciência de que o patrimônio público é formado com o dinheiro de impostos, e têm consciência hoje que há uma relação direta entre o bom uso do direito público e os serviços que são prestados pelo estado pra população", acrescentou ela em entrevista após o prêmio.
Raquel Dodge, que recebeu o título de Hors-Concours, afirmou ainda há “sinais muito preocupantes de ofensas a direitos fundamentais no Brasil”, citando alguns deles (violência, por exemplo).
Disse que essa violação de direitos é “incompatível com a índole pacífica, generosa e honesta de nossa gente”. Segundo a procuradora-geral, o Ministério Público Federal e a Justiça trabalham pelos direitos humanos.
"Há sinais muito preocupantes de ofensas a direitos fundamentais no Brasil no presente que interessam a todos nós. No presente e em relação ao nosso futuro. A morte precoce de nossos jovens atinge o destino da nação. Educação pública sem qualidade diminui a oportunidade de acesso ao trabalho e compreensão da própria dignidade da vida humana. Serviços de saúde precários abreviam vidas criativas, afetuosas e que ainda contribuiriam para o bem das pessoas", afirmou.

Grupo de trabalho contra a violência no Rio

A procuradora falou ainda sobre a reunião do grupo de trabalho contra a violência no Rio. Ela explicou que cinco procuradores do Rio foram destacados pro trabalho, que não será de curto prazo, mas de meses.
Disse ainda que o combate ao tráfico internacional de drogas é um dos focos do grupo, que parceiras com o MP e a Justiça estaduais devem ser necessárias, mas que nesse primeiro momento o trabalho é só das autoridades federais. 

Da Redação com G1

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