segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Forças Armadas e polícia realizam megaoperação contra roubo de cargas no Rio de Janeiro

A ação, batizada de Onerat, marca o início da segunda fase da operação integrada com o Governo Federal. Até às 11h, 18 pessoas foram presas, sendo três em flagrante e 15 mandados de prisão cumpridos

Rio - Policiais civis e militares, com o apoio do Comando Militar do Leste, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública, realizam desde a madrugada deste sábado operação de combate ao  roubo de cargas no Rio. A ação, batizada de Onerat (carga em latim), marca o início da segunda fase da operação integrada com o Governo Federal e tem como objetivo cumprir 55 mandados, sendo 40 de prisão e 15 de busca e apreensão.
Até às 11h, 18 pessoas já foram presas, sendo três em flagrante e 15 mandados de prisão cumpridos, segundo o secretário estadual de Segurança, Roberto Sá. Três pessoas morreram em confrontos. Uma das mortes foi em enfrentamento com a Polícia Civil, no Complexo do Lins, e a outra foi no Morro de São João, em um embate com a Polícia Militar, segundo o delegado Paulo Guimarães.

Militares também realizam operação na Rua Cabuçu, no Lins
Militares também realizam operação na Rua Cabuçu, no Lins

Tanques são usados no patrulhamento na Zona Norte
Tanques são usados no patrulhamento na Zona Norte

Dois adolescentes também foram apreendidos na operação. Um homem que estava entre os procurados, identificado como Fernando de Almeida Oliveira, foi preso em uma padaria no entorno do Lins.  
Foram encontradas três pistolas e duas granadas, além de quantidades de entorpecentes que estão sendo contabilizadas pelas forças de segurança. O secretário estadual de Segurança explicou que os criminosos buscam guardar as armas de forma espalhada, o que dificulta a apreensão de grandes arsenais a partir do cumprimento de mandados de busca em residências específicas.
Autoridades concederam coletiva sobre a Operação Onerat no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), no Centro Reprodução TV Globo
Roberto Sá afirmou ainda que a ausência de fuzis apreendidos até o momento não retira o mérito da ação, que não teve policiais feridos. "É sempre expectativa nossa apreender o fuzil. Hoje, a lógica dos criminosos é diferente. Cada criminoso acautela sua arma de fogo", disse ele, acrescentando que "se esses fuzis não forem apreendidos hoje, serão outro dia".
Ao todo, 3,6 mil homens participam da ação, que está concentrada nos complexos do Lins e Camarista Méier, além do morro São João, no Engenho Novo, na Zona Norte, e Covanca, na Praça Seca, em Jacarepaguá, Zona Oeste da cidade. Também há relatos de tropas nos complexos da Pedreira e Chapadão.
O complexo de favelas do Lins já estava completamente ocupado por volta das 6h30. A Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá foi interditada nos dois sentidos. Agentes da CET-Rio orientam o trânsito. Motoristas devem optar pela Linha Amarela ou o Alto da Boa Vista, que apresentam boas condições de tráfego.

O Colégio Pedro II, unidade Engenho Novo, está com as aulas suspensas hoje, por medida de segurança, porque fica na Rua Barão do Bom Retiro, nas proximidades do morro Sao João.
A operação continua a ser realizada ao longo do dia e os números devem ser atualizados pelos órgãos envolvidos. A Polícia Civil mobilizou 330 agentes e 30 delegados, e a Polícia Militar, 574 agentes. O apoio da Força Nacional envolveu 256 agentes e a Polícia Federal levou 26 policiais. Por parte da Polícia Rodoviária Federal, 115 agentes atuaram hoje nas estradas sua fiscalização.
"Vamos permanecer no local até que os objetivos sejam atingidos. Pode ser 24 horas, no fim de semana, três dias, 15 dias. O objetivo, como sempre, é aquele que nós dissemos anteriormente, de bloquear o crime organizado, efetuar o efeito surpresa", disse o ministro da Defesa, Raul Jungmann, em entrevista à TV Globo.

Da Redação com ODia

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