RIO - Com a prisão do segurança Manoel de Freitas Louvise, de 57 anos, que vendeu o revólver calibre 38 usado por Wellington Menezes de Oliveira na chacina que terminou com 12 crianças mortas e 12 feridos numa escola em Realengo, o delegado-titular da Delegacia de Homicídios (DH), Felipe Ettore, disse na tarde desta quinta-feira que considera o caso elucidado. Segundo Ettore, o depoimento de vizinhos do assassino, de professores e alunos da Escola Municipal Tasso da Silveira e de outras testemunhas, além do relato dos vendedores das armas usadas, o levaram a concluir que Wellington agiu sozinho motivado por um surto psicótico.
- Para a DH, o caso está elucidado. Ele agiu sozinho. Era um homem perturbado, com problemas mentais, que planejou tudo aquilo sozinho. Vamos esperar a chegada do laudo do confronto balístico (para confirmar o sucídio do assassino) para concluir o inquérito - disse o delegado.
A prisão do segurança Manoel Freitas Louvise aconteceu na manhã desta quinta-feira, em cumprimento a mandado de prisão preventiva pelo crime de comércio ilegal de arma de fogo, expedido pela Justiça. Ele teria sido colega de trabalho de Wellington num frigorífico, em Jacarepaguá. O chaveiro Charleston de Souza de Lucena, de 38 anos, e o vigia Izaías de Souza, de 48 anos, que teriam intermediado a venda do revólver calibre 32, já haviam sido presos e indiciados por comércio ilegal de arma de fogo, no sábado.
Um vídeo recuperado no HD do computador da casa de Wellington Menezes de Oliveira, e divulgado na tarde da quarta-feira pela Polícia Civil, mostra que o assassino já planejava uma ação violenta contra uma escola desde julho de 2010. Nas imagens, gravadas por uma webcam, Wellington afirma que se vingará em nome "daqueles que são humilhados, agredidos e desrespeitados, principalmente em escolas e colégios, pelo fato de serem diferentes", como ele acreditava ser.
Da Redação com Extra
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