Líder disse que povo líbio conquistará a liberdade ou a morte.
Ninguém pode me obrigar a deixar meu país, repetiu ditador na TV.
No discurso, pronunciado por ocasião do centenário de uma batalha travada contra as forças italianas, Kadhafi reprovou a decisão da Itália de voltar a lançar uma agressão contra a Líbia e empregar seu poderio militar para “matar líbios”, segundo o texto divulgado pela agência oficial de notícias “Jana”.
Kadhafi durante o discurso transmitido pela TV estatal líbia neste sábado (30) (Foto: Reprodução / AFP)
“Onde estão o tratado de amizade e o acordo de não agressão? Onde está
meu amigo Berlusconi? Onde está o Parlamento italiano?”, questionou o
coronel líbio.Kadhafi afirmou que, se o petróleo for o motivo da agressão ocidental, “assinaremos contratos com suas empresas. Não precisamos de uma guerra para isso”.
Mais uma vez, o líder líbio descartou deixar o poder e abandonar o país. “Não vou abandonar meu país. Ninguém pode me obrigar a deixar meu país, e ninguém pode me dizer para não brigar pelo meu país”.
Kadhafi também defendeu negociações com a Otan para pôr fim aos bombardeios aéreos sobre a Líbia. “Nós não os atacamos, nem cruzamos o mar. Por que nos atacam? Desejamos negociar com vocês, os países que nos atacam. Desejamos negociar”, apontou.
Nesse sentido, Kadafi disse que os soldados da Otan morrerão se invadirem a Líbia por terra. “Ou a liberdade ou a morte. Nenhuma rendição. Nenhum medo. Nenhuma saída”, disse o ditador.
Por outro lado, incentivou os rebeldes a abandonarem as armas, já que, segundo sua opinião, os líbios não deveriam brigar entre si. “Não podemos lutar entre nós, somos uma família”, afirmou Kadhafi.
Por fim, o coronel líbio afirmou que as forças leais ao seu regime estão lutando contra grupos da AL-Qaeda, e questionou: “estarão estes grupos dispostos a respeitar um cessar-fogo? Desafio a Aliança Atlântica a obrigar essa gente a um cessar-fogo”.
Da Redação com G1
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