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O arcebispo me disse: "Por que fechar a igreja? Vamos deixar o povo
rezar". Minha reflexão é temos que acolher as pessoas chamadas ao
encontro com Deus através de São Jorge. Dom Orani liberou a festa,
mantendo a liturgia do sábado santo — explica o padre.
Para manter
a tradição da festa do santo guerreiro, sem desrespeitar a liturgia da
Páscoa, as paróquias fizeram adaptações, como adiantou a jornalista
Berenice Seara na coluna Extra, Extra!. Em Quintino, não haverá missas
tradicionais durante o dia. Mas Celebrações da Palavra, com orações às
5h, 7h, 8h, 9h, 10h, 11h, 13h, 14h, 15h, 16h, e bênção aos fieis com
água benta. Às 17h30, será realizada a Vigília Pascal. E só então a
procissão de São Jorge.
As barraquinhas e o tradicional angu estão
mantidos. E a festa ainda terá uma grande novidade: CDs com o hino a
São Jorge, na voz de Alcione, e com a história do santo guerreiro na voz
do padre Marcelino, vendidos a R$ 10 e um novo modelo de camiseta a R$
20.
- Brinquei aqui na igreja que os devotos não conheciam o hino a
São Jorge. A delegada Márcia Julião, que estava na missa, convidou
Alcione, que é amiga dela para cantar. Ela vai fazer 5 mil CDs - conta o
padre, que está recolhendo donativos para a festa.
A Igreja da Rua da Alfândega estará aberta a partir das 4h para receber os fieis e haverá orações de 8h às 16h.
Em
Duque de Caxias, a Vigília Pascal será celebrada de manhã. Logo em
seguida, a programação segue como nos anos anteriores. Haverá missas às
5h, 9h, 12h, 16h e 19h, quando acontece a procissão luminosa. Às 17h,
chegarão cavaleiros, amazonas e motociclistas, como reza a tradição da
data.
— O bispo (Dom José) recorreu a uma prática da igreja
antiga, antes do Concílio Vaticano II (conferências em que se discutiram
e redefiniram várias questões da igreja nos anos 60), em que se
celebrava o Aleluia na manhã de sábado. Celebraremos ao alvorecer a
Proclamação do Aleluia e, logo depois, a missa da alvorada — explica o
padre Atanael, da Igreja de São Jorge, em Caxias.
Devotos como o
militar Wilson dos Santos, de 60 anos, um dos organizadores do
tradicional angu servido em Quintino, comemoraram a decisão:
— A gente vive em prol dessa festa o ano inteiro.
Da Redação com Extra
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