Polícia diz que suspeito planejou morte de irmãs em Cunha uma semana antes do crime

Ele teria confirmado planejamento durante depoimento nesta segunda-feira

Ananias dos Santos foi preso nesta segunda-feira (11) na casa da irmã, em Cunha

 

O suspeito de matar duas irmãs adolescentes no final de março em Cunha, cidade a 231 km de São Paulo, passou uma semana planejando o crime. A informação teria sido confirmada pelo próprio Ananias dos Santos em depoimento à polícia nesta segunda-feira (11), segundo a delegada da seccional de Guaratinguetá, Sandra Maria Pinto Vergal. Veja fotos da prisão

- Ele confessou que planejou o crime por uma semana e pagou R$ 400 pela arma [usada para matar as irmãs]. Ele planejou executar as meninas.
A arma do crime, uma carabina .22, foi localizada pela polícia, também nesta segunda-feira, a 60 km de distância da área em que os corpos das meninas tinham sido encontrados, no final de março, em uma área de mata fechada. Santos levou os policiais até o local e, inicialmente, afirmou ter comprado a carabina para caçar.
Irmã mais velha
Também durante seu depoimento, Santos disse que matou primeiro a irmã mais velha, de 16 anos, com um tiro no rosto. Ele contou que matou as duas irmãs porque era constantemente humilhado por elas. De acordo com ele, as irmãs o chamavam de "fedorento" e "fedido". Mesmo assim, segundo a polícia, ele contou ser apaixonado pela irmã mais nova, de 15 anos.
Santos foi preso na madrugada desta segunda-feira na casa da irmã, em Cunha. Por volta das 17h10, ele já estava em uma cela separada da cadeia pública de Guaratinguetá, cidade próxima à Cunha. Ainda de acordo com a polícia, ele foi colocado sozinho para não ser linchado por outros presos. O suspeito foi indiciado por duplo homicídio qualificado com motivo fútil e sem chance de defesa, e por porte ilegal de armas.

Até esta segunda-feira, Ananias dos Santos integrava a lista dos mais procurados pela Justiça de SP. Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), além de ser procurado pela morte das adolescentes, ele responde a um processo anterior por evasão, formação de quadrilha, roubo, porte ilegal de arma e constrangimento ilegal.

Os corpos das irmãs foram encontrados na zona rural de Cunha, no final de março, já em avançado estado de decomposição. O resultado dos exames do IML (Instituto Médico Legal) de Guaratinguetá apontou que as duas foram baleadas no peito e na cabeça, mas as irmãs não tinham sinal de violência sexual. Perdão
Também no final desta tarde, quando deixava à sede da Delegacia Seccional de Guaratinguetá, Santos disse que espera que o pai das garotas o perdoe pelo crime.
Assista ao vídeo:

Da Redação com R7