Josely, de 16 anos, e Juliana, de 15, foram mortas a tiros em Cunha.
Principal suspeito é rapaz que mantinha relações com a família das meninas.
Betânia fez 18 anos na última quarta-feira (30), mas não comemorou.
Nesse dia, ela estava no enterro das duas irmãs mais novas: Josely, de
16 anos, e Juliana, de 15. “Eram meninas exemplares. Eram tranquilas,
responsáveis, inteligentes. A minha vida jamais será a mesma, depois
disso”, diz Betânia.
Josely e Juliana foram encontradas mortas na zona rural de Cunha, 217 km de São Paulo, perto da divisa com o Rio de Janeiro. O crime parou a cidade: um destino turístico, de 20 mil habitantes, no Vale do Paraíba.
Uma imagem mostra a última vez em que a adolescente Josely chega para a aula, no segundo ano do Ensino Médio. O "Fantástico" teve acesso com exclusividade às imagens das câmeras de segurança da escola, no dia em que ela e a irmã Juliana - que não aparece no vídeo - sumiram misteriosamente.
Horas depois da gravação, Josely e a irmã nunca mais foram vistas com vida. Naquele dia, tinham seguido a rotina. Deixaram a escola e subiram no ônibus para casa.
“Elas estavam tranquilas dentro do ônibus, não comentaram nada, estavam conversando com as crianças”, conta o motorista Sérgio de Toledo.
As duas irmãs desceram do ônibus escolar no começo da noite de 23 de março, em um ponto, na zona rural de Cunha. Até a casa delas, elas teriam que caminhar, mais ou menos, um quilômetro e meio.
Mas antes de chegar em um casarão, segundo a polícia, as duas desapareceram. “Eu não vi ninguém, não vi carro. Nada, nada, nada”, diz o motorista.
O desaparecimento, aparentemente sem motivo, chamou a atenção de todos na cidade de Cunha. As buscas foram feitas com cães farejadores e até um helicóptero. Mas, cinco dias depois, na última segunda-feira, veio a notícia: Josely e Juliana estavam mortas.
Foram assassinadas a tiros, a três quilômetros da casa onde moravam com os pais.
Suspeito do crimeSegundo a polícia, o principal suspeito do crime é Ananias dos Santos, de 27 anos. Ele era amigo da família das vítimas.
Ananias foragido da Justiça, que hoje está topo da lista dos mais procurados do estado de São Paulo.
O rapaz cumpria pena por roubo, porte ilegal de arma e formação de quadrilha, em regime semiaberto em um presídio de Tremembé, no interior paulista. Passou sete anos na cadeia.
Há dois anos, foi beneficiado com uma saída temporária de páscoa e não voltou mais.
Depois de escapar da cadeia, Ananias foi viver com o pai e dois irmãos, bem perto da casa das adolescentes que acabariam sendo assassinadas.
“Ele estava aqui. Mas com a chegada dos rapazes aí, ele pegou e saiu. E a gente não está sabendo onde ele está”, conta o pai de Ananias.
A polícia acredita em um crime passional e diz que Ananias era apaixonado por Juliana. Um amor que não era correspondido.
“A Josely, ela levou um tiro na cabeça e um no tórax. E Juliana, um tiro na cabeça e três no tórax. Três tiros no peito. Então, possui uma potencialidade lesiva muito maior em Juliana”, explica o delegado Marcelo Vieira.
Segundo a polícia, a atual namorada de Ananias, uma enfermeira 22 anos mais velha que ele, sabia do crime e não contou nada. Ela também é considerada suspeita.
“Frequentou a residência, orou com os familiares, ajudou a colocar fotografias na internet e manteve essa informação em sigilo”, diz o delegado.
Ananias pode ter matado ainda um casal de Cunha, em outubro de 2009. O crime aconteceu depois dele ter fugido da cadeia, a 50 km de Cunha, na cidade vizinha de Parati, já no estado do Rio de Janeiro.
Tristeza da famíliaDepois do enterro de Josely e Juliana, a família está morando com amigos, no centro de Cunha. Na sexta-feira (1), o "Fantástico" voltou com José de Oliveira e Iracema de Oliveira, os pais das moças, à casa da família. “Dá muita saudade”, conta.
No quarto, nada será mudado. “Muito triste. O sentimento é de ficar olhando essas coisas, o coração da gente dispara muito”, diz. “Representa pra mim que elas vão chegar, ali em qualquer momento, perto de mim, sorrindo, alegre, principalmente a Josely, chegar: ‘Benção minha mãe, como a senhora passou, está tudo bem’”, conta a mãe das meninas.
“É difícil. A gente falar, marca muito”, fala o pai, emocionado.
Betânia, a irmã mais velha, preferiu não mostrar o rosto, mas falou das irmãs. “A Josely gostava de se maquiar, arrumar o cabelo, adorava. Ela tinha que colocar uma roupa mais legal, não gostava de sair de qualquer jeito”, diz. “A Juliana sempre falava: ‘Ai, mãe, um dia ainda a senhora vai me ver na passarela’”, conta.
A morte brutal das duas estudantes vai marcar os amigos e colegas para sempre. "Pessoas meigas, amigas de todo mundo, todo mundo gostava delas”, conta Flávia Pires, amiga das duas irmãs.
“A sala está em luto, acabei de sair de lá da sala deles, e eles estão bastante aborrecidos ainda”, diz Júnia Pereira da Silva Gonçalves, professora de português.
G1
Josely e Juliana foram encontradas mortas na zona rural de Cunha, 217 km de São Paulo, perto da divisa com o Rio de Janeiro. O crime parou a cidade: um destino turístico, de 20 mil habitantes, no Vale do Paraíba.
Uma imagem mostra a última vez em que a adolescente Josely chega para a aula, no segundo ano do Ensino Médio. O "Fantástico" teve acesso com exclusividade às imagens das câmeras de segurança da escola, no dia em que ela e a irmã Juliana - que não aparece no vídeo - sumiram misteriosamente.
Horas depois da gravação, Josely e a irmã nunca mais foram vistas com vida. Naquele dia, tinham seguido a rotina. Deixaram a escola e subiram no ônibus para casa.
“Elas estavam tranquilas dentro do ônibus, não comentaram nada, estavam conversando com as crianças”, conta o motorista Sérgio de Toledo.
As duas irmãs desceram do ônibus escolar no começo da noite de 23 de março, em um ponto, na zona rural de Cunha. Até a casa delas, elas teriam que caminhar, mais ou menos, um quilômetro e meio.
Mas antes de chegar em um casarão, segundo a polícia, as duas desapareceram. “Eu não vi ninguém, não vi carro. Nada, nada, nada”, diz o motorista.
O desaparecimento, aparentemente sem motivo, chamou a atenção de todos na cidade de Cunha. As buscas foram feitas com cães farejadores e até um helicóptero. Mas, cinco dias depois, na última segunda-feira, veio a notícia: Josely e Juliana estavam mortas.
Foram assassinadas a tiros, a três quilômetros da casa onde moravam com os pais.
Suspeito do crimeSegundo a polícia, o principal suspeito do crime é Ananias dos Santos, de 27 anos. Ele era amigo da família das vítimas.
Ananias foragido da Justiça, que hoje está topo da lista dos mais procurados do estado de São Paulo.
O rapaz cumpria pena por roubo, porte ilegal de arma e formação de quadrilha, em regime semiaberto em um presídio de Tremembé, no interior paulista. Passou sete anos na cadeia.
Há dois anos, foi beneficiado com uma saída temporária de páscoa e não voltou mais.
Depois de escapar da cadeia, Ananias foi viver com o pai e dois irmãos, bem perto da casa das adolescentes que acabariam sendo assassinadas.
“Ele estava aqui. Mas com a chegada dos rapazes aí, ele pegou e saiu. E a gente não está sabendo onde ele está”, conta o pai de Ananias.
A polícia acredita em um crime passional e diz que Ananias era apaixonado por Juliana. Um amor que não era correspondido.
“A Josely, ela levou um tiro na cabeça e um no tórax. E Juliana, um tiro na cabeça e três no tórax. Três tiros no peito. Então, possui uma potencialidade lesiva muito maior em Juliana”, explica o delegado Marcelo Vieira.
Segundo a polícia, a atual namorada de Ananias, uma enfermeira 22 anos mais velha que ele, sabia do crime e não contou nada. Ela também é considerada suspeita.
“Frequentou a residência, orou com os familiares, ajudou a colocar fotografias na internet e manteve essa informação em sigilo”, diz o delegado.
Ananias pode ter matado ainda um casal de Cunha, em outubro de 2009. O crime aconteceu depois dele ter fugido da cadeia, a 50 km de Cunha, na cidade vizinha de Parati, já no estado do Rio de Janeiro.
Tristeza da famíliaDepois do enterro de Josely e Juliana, a família está morando com amigos, no centro de Cunha. Na sexta-feira (1), o "Fantástico" voltou com José de Oliveira e Iracema de Oliveira, os pais das moças, à casa da família. “Dá muita saudade”, conta.
No quarto, nada será mudado. “Muito triste. O sentimento é de ficar olhando essas coisas, o coração da gente dispara muito”, diz. “Representa pra mim que elas vão chegar, ali em qualquer momento, perto de mim, sorrindo, alegre, principalmente a Josely, chegar: ‘Benção minha mãe, como a senhora passou, está tudo bem’”, conta a mãe das meninas.
“É difícil. A gente falar, marca muito”, fala o pai, emocionado.
Betânia, a irmã mais velha, preferiu não mostrar o rosto, mas falou das irmãs. “A Josely gostava de se maquiar, arrumar o cabelo, adorava. Ela tinha que colocar uma roupa mais legal, não gostava de sair de qualquer jeito”, diz. “A Juliana sempre falava: ‘Ai, mãe, um dia ainda a senhora vai me ver na passarela’”, conta.
A morte brutal das duas estudantes vai marcar os amigos e colegas para sempre. "Pessoas meigas, amigas de todo mundo, todo mundo gostava delas”, conta Flávia Pires, amiga das duas irmãs.
“A sala está em luto, acabei de sair de lá da sala deles, e eles estão bastante aborrecidos ainda”, diz Júnia Pereira da Silva Gonçalves, professora de português.
G1
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