sexta-feira, 25 de maio de 2012

Goleiro Bruno vai voltar para o Flamengo

Principal parceira do Flamengo não se opõe à volta de Bruno

Bruno choro 450
                           Especialista em marketing sugere pesquisa para saber opinião da torcida

Bruno chegou ao Fla em 2006 e defendeu o clube até sua prisão, em 2010
Os advogados do goleiro Bruno estão otimistas quanto ao pedido de habeas corpus para o arqueiro responder ao processo em liberdade. O Flamengo já avisou que não fechará as portas para o atleta, que tem contrato com o clube. Postura que em nada tira o sono da principal parceira rubro-negra.

A Olympikus, fornecedora de material esportivo do time da Gávea, não se opõe a um possível retorno de Bruno. Na parceria firmada com o Flamengo, não existe nenhuma cláusula que atrapalhe a decisão que a diretoria carioca for tomar.

Ao ser preso em 2010, suspeito do assassinato de Eliza Samudio, sua ex-amante, Bruno teve o contrato apenas suspenso pelo Flamengo. Desta forma, se for solto, seu advogado já afirmou que o goleiro se apresentará ao clube da Gávea.

 De longe, a Olympikus não se intromete. Pelo contrário, deixa os dirigentes bem à vontade para tomar qualquer atitude. Foi o que assegurou ao R7 Tulio Formicola, diretor da empresa de material esportivo.

- Não existe cláusula nenhuma sobre isso. Não cabe a nós decidir se ele deve ou não voltar. Não temos participação nisso. Aliás, estamos torcendo para que, se ele for inocentado, seja libertado.

O entendimento com os parceiros foi um dos principais pontos levantados por Rafael Plastina, especialista em marketing esportivo e consultado pelo R7. Para o sócio-diretor da Sport Track, os dirigentes não podem tomar nenhuma decisão antes de ouvir todos os patrocinadores.

- Tem a Olympikus e outros parceiros que estão lá. Por respeito, é importante que se ouça esses patrocinadores. Em alguns contratos, pode ser que haja previsão para isso. Pode haver um escândalo de uma volta do Bruno ao clube.

Rafael Plastina aconselha o Flamengo a fazer uma aprofundada pesquisa com seus torcedores, para saber qual a opinião. O especialista não acredita que essa seja uma decisão a ser tomada apenas pela diretoria.

- Vou ser pragmático. Não é uma situação típica, é algo extremamente delicado. Nesse caso, o clube não deveria decidir sozinho. Poderia fazer uma pesquisa com a torcida, ouvi-la, no sentido de validar isso. É algo muito perigoso dos dois lados. Não pode simplesmente destruir a carreira de uma pessoa que não foi condenada e não pode abrir as portas, pagar altos salários e vir a ser condenado. Ter a chancela da torcida seria muito bom. Teria de ser uma pesquisa via instituto. Verificar primeiro o time que a pessoa torce. É uma questão que envolve segurança.

O Flamengo optou por não se pronunciar mais sobre o assunto até a decisão da Justiça. O departamento de marketing do clube foi procurado pela reportagem, mas alegou que não poderia abordar o caso.

Bruno está preso desde julho de 2010 na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, na região metropolitana de Belo Horizonte. O advogado do réu, Rui Pimenta, aguarda a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre um pedido de Habeas Corpus do jogador, para que ele possa aguardar o julgamento em liberdade, o que deve ocorrer nos próximos dias.

Mário Luiz (Carioca) com R7

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