TJ-SP afirma que há indícios de que ex-médico teria parado de se medicar de propósito
Ex-médico foi condenado há 181 anos de prisão
Divulgação
O TJ-SP afirma que, mesmo que os laudos do ex-médico mostrem que ele tem uma cardiopatia grave, não há indicação da impossibilidade do caso ser tratado dentro da unidade prisional, que conta com um hospital. Além disso, o TJ diz que há indícios de que Abdelmassih tenha parado de se medicar corretamente de propósito durante período que estava preso.
A decisão do Tribunal de Justiça também informa que presos que tenham histórico de evasão só podem deixar a penitenciária em casos de extrema necessidade. Abdelmassih foi considerado foragido durante cerca de três anos.
Abdelmassih, que estava cumprindo prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica desde sábado (24), voltará para o regime fechado até julgamento de recurso. O ex-médico estava cumprindo pena em sua casa, no bairro Jardim Paulistano, em São Paulo.
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O caso
Abdelmassih foi preso no dia 19 de agosto de 2014, no Paraguai após investigação da reportagem da Record TV localizar o paradeiro do ex-médico. A prisão foi feita por agentes paraguaios da Secretaria Nacional Antidrogas, com apoio da Polícia Federal. Ele era procurado no Brasil, depois de ter sido denunciado por pacientes de cometer estupro em sua clínica de fertilização em São Paulo, entre os anos de 1995 e 2008.
O ex-médico, que era considerado um dos principais especialistas em fertilização no Brasil, foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo por crimes de estupro praticados contra 56 mulheres. Ele teve o registro profissional cassado em agosto de 2009.
Apesar da condenação, em novembro de 2010, Abdelmassih não foi preso imediatamente em virtude de um habeas corpus concedido pelo então presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes. Em fevereiro de 2011, porém, o habeas corpus foi cassado pelo próprio STF.
Nessa época, Abdelmassih já era considerado foragido da Justiça. Em janeiro de 2011, nova prisão foi decretada pela 16ª Vara Criminal da capital, baseada na solicitação de renovação do passaporte do próprio médico, o que configurava risco de fuga. Ele, no entanto, conseguiu fugir do país e passou a constar na lista de criminosos procurados pela Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal).
Abdelmassih chegou a ser condenado a 278 anos de reclusão por 48 crimes de estupro contra 37 pacientes entre 1995 e 2008. Em 2014 sua pena foi reduzida para 181 anos em regime fechado. Desde agosto de 2014, Abdelmassih vinha cumprindo pena na Penitenciária II, de Tremembé, interior de São Paulo.
Da Redação com R7
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