quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Seis anos após condenação, Suzane busca liberdade provisória

Seis anos após condenação, Suzane busca liberdade provisória 
Imagem (TERRA)
Condenada por ter planejado a morte dos pais há 10 anos, em São Paulo, Suzane von Richtofen tenta por meio de seus advogados a sua liberdade provisória. Condenada a 39 anos de prisão em 2006 - assim como os autores do crime, os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos - ela aguarda pela realização de um novo exame criminológico que permita que possa voltar à ressocialização. Como o processo corre em segredo de Justiça, os promotores que acompanham o caso não podem entrar em detalhes. A defesa informou que não vai se pronunciar.
Na penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo, Suzane trabalha em uma oficina de costura. Prestes a completar 29 anos, tem o benefício de a cada três dias trabalhados descontar um na pena.
"Sei que há um pedido no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas não posso entrar em detalhes por conta do segredo de Justiça. Pelo tempo que ela já cumpriu de prisão, já seria possível a sua saída. Mas no caso dela depende também de um exame criminológico, que avalia se ela tem condições de se ressocializar", diz o promotor Paulo Rogério Bastos, da Vara de Execuções Criminais de Taubaté.
O benefício é concedido àqueles cumpriram um sexto da pena e têm bom comportamento. Somente depois da avaliação do exame é que se pode avaliar se o regime semiaberto pode ser aplicado. Em outra ocasião, o pedido já foi negado.
"Ela é campeã de pedidos, mas não obteve êxito, nem no Tribunal de Justiça aqui de São Paulo, nem no Superior Tribunal de Justiça (STJ)", diz o promotor Roberto Tardelli, que atuou no júri que a condenou a mais de 39 anos de prisão em julho de 2006.
O crime
Suzane chegou em casa - no bairro do Campo Belo, zona sul da capital paulista -, por volta da 0h15 do dia 31 de outubro de 2002 acompanhada pelo namorado Daniel Cravinhos, na época com 21 anos, e pelo irmão dele, Cristian Cravinhos, então com 26. Segundo a investigação da polícia, ela subiu até o quarto dos pais e deu sinal verde para que os dois fossem ao piso superior do sobrado, onde os pais - Manfred e Marisia Richtofen dormiam.
A materialização do crime foi apresentada quatro anos depois, durante o julgamento dos reús, em fotos da perícia e do Instituto Médico Legal, que mostraram corpos desfigurados e o real tamanho da tragédia. O casal foi espancado com bastões até a morte. A mãe de Suzane ainda passou por um processo de estrangulamento.
Condenação
Após quase quatro anos do assassinato do casal, Suzane e os irmãos Cravinhos foram condenados por duplo homicídio triplamente qualificado. A soma total das penas dos três condenados chega a 115 anos de reclusão. Nenhum deles pode recorrer da sentença em liberdade.
Suzane foi condenada a 19 anos e seis meses pela mãe e 19 anos e seis meses pelo pai - um total de 39 anos de reclusão mais 6 meses de detenção e 10 dias de multa por fraude processual. Daniel, a 19 anos e seis meses pela morte de Manfred e 19 anos e seis meses pela morte de Marisia - total de 39 anos de reclusão e seis meses de detenção.
Cristian Cravinhos foi condenado a 18 anos e seis meses pela morte de Marísia e 18 anos e seis meses pela morte de Manfred - 38 anos de reclusão mais seis meses de detenção. Os dois irmãos também foram condenados a seis meses de detenção mais 10 dias de multa por fraude processual.
Os condenados ouviram a sentença de pé, em frente ao juiz. Cristian estava ao centro, Daniel à esquerda e Suzane à direita. O policiamento da sala de julgamento foi reforçado por cerca de 20 policiais militares.
O julgamento de Suzane e dos irmãos Cravinhos, realizado no Fórum da Barra Funda, durou cinco dias. No total, foram quase de 56 horas de julgamento, em julho de 2006.

Mário luiz (Carioca) com Terra

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