Após quatro dias de julgamento, a maioria
dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) votou nesta
sexta-feira (9) contra a cassação da chapa Dilma-Temer, vencedora das
eleições de 2014, pelas acusações de abuso de poder político e
econômico. O placar da votação ficou em 4 a 3. O voto de desempate foi
proferido há pouco pelo presidente da Corte, ministro Gilmar Mendes, que
continua a leitura de seu voto.
(Foto: Arquivo/ABr)
Em seu voto, Gilmar mencionou que foi o relator do
pedido inicial do PSDB para a reabertura da análise da prestação de
contas da chapa Dilma-Temer. Ele disse, entretanto, que o pedido foi
aprovado pelo tribunal para reexame do material e não para condenação
sumária. "Não se trata de abuso de poder econômico, mas se trata de um
dinheiro que sai da campanha e não disseram para onde vai. Primeiro é
preciso julgar para depois condenar. É assim que se faz e não fixar uma
meta para condenação. O objeto dessa questão é sensível porque tem como
pano de fundo a soberania popular", defendeu.
Também votaram pela absolvição os ministros Napoleão
Nunes Maia, Admar Gonzaga e Tarcísio Vieira. Luiz Fux e Rosa Weber
acompanharam o relator, Herman Benjamin, pela cassação da chapa.
Até o momento, quatro dos sete ministros entenderam
que não há provas suficientes para retirar o mandato da chapa. Além
disso, os magistrados entenderam que as delações de ex-executivos da
Odebrecht não podem ser incluídas no julgamento porque não estavam no
pedido inicial de cassação, feito pelo PSDB em 2014.
"Não é algum fricote processualista que se quer
proteger, mas o equilíbrio do mandato. Não se substitui um presidente a
toda a hora, mesmo que se queira. A Constituição valoriza a soberania
popular, a despeito do valor das nossas decisões”, disse Gilmar ao
proferir seu voto.
A maioria dos ministros também argumentou que as
provas que restaram, como outros depoimentos de delatores da Operação
Lava Jato, que também citam repasses de propina para a chapa, não são
suficientes para concluir que os recursos desviados para o PT e PMDB
abasteceram a campanha de 2014.
Ação
Em dezembro de 2014, as contas da campanha da então presidente Dilma Rousseff e de seu vice, Michel Temer, foram aprovadas com ressalvas e por unanimidade no TSE. No entanto, o processo foi reaberto porque o PSDB entrou com uma ação na Corte por suspeitas de irregularidade nos repasses a gráficas que prestaram serviços à campanha eleitoral de Dilma e Temer. Neste ano, o relator Herman Benjamin incluiu no processo o depoimento dos delatores ligados à empreiteira Odebrecht investigados na Operação Lava Jato. Os ex-executivos relataram que fizeram repasses ilegais para a campanha presidencial.
Em dezembro de 2014, as contas da campanha da então presidente Dilma Rousseff e de seu vice, Michel Temer, foram aprovadas com ressalvas e por unanimidade no TSE. No entanto, o processo foi reaberto porque o PSDB entrou com uma ação na Corte por suspeitas de irregularidade nos repasses a gráficas que prestaram serviços à campanha eleitoral de Dilma e Temer. Neste ano, o relator Herman Benjamin incluiu no processo o depoimento dos delatores ligados à empreiteira Odebrecht investigados na Operação Lava Jato. Os ex-executivos relataram que fizeram repasses ilegais para a campanha presidencial.
Defesa
A campanha de Dilma Rousseff nega qualquer irregularidade e sustenta que todo o processo de contratação das empresas e de distribuição dos produtos foi documentado e monitorado. A defesa do presidente Michel Temer diz que a campanha eleitoral do PMDB não tem relação com os pagamentos suspeitos. De acordo com os advogados, não se tem conhecimento de qualquer irregularidade no pagamento dos serviços.
A campanha de Dilma Rousseff nega qualquer irregularidade e sustenta que todo o processo de contratação das empresas e de distribuição dos produtos foi documentado e monitorado. A defesa do presidente Michel Temer diz que a campanha eleitoral do PMDB não tem relação com os pagamentos suspeitos. De acordo com os advogados, não se tem conhecimento de qualquer irregularidade no pagamento dos serviços.
Da Redação com Agência Brasil
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