sexta-feira, 9 de novembro de 2012

“Voltarei para o lugar que sempre foi meu”, diz Carlos Dunga sobre decisão do TSE


Bado teve sua candidatura a deputado estadual indeferida por causa da Lei Ficha Limpa, mas STF entendeu que ela não se aplicada em 2010.

Carlos Dunga assume no lugar de Genival Matias
Carlos Dunga assume no lugar de Genival Matias
O suplente Carlos Marques Dunga (PTB) falou na manhã desta sexta-feira (9) sobre a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que na noite de ontem (8) deferiu o registro de candidatura do ex-prefeito de Cuité, Oswaldo Venâncio (Bado), a deputado estadual. A determinação modifica a composição da Assembleia Legislativa da Paraíba (PTB) e o suplente deve assumir o cargo no lugar do deputado estadual Genival Matias (PT do B).
“Eu recebi a decisão com naturalidade, pois tive mais de 18 mil votos enquanto Genival tem 13 mil. Eu vou voltar para o lugar que sempre foi meu”, afirmou Carlos Dunga que já é ex-deputado federal e estadual. Atualmente além de suplente de deputado estadual, Dunga é o primeiro suplente do senador Cícero Lucena.
O ex-parlamentar disse que agora aguarda apenas a deliberação da Justiça Eleitoral e da Assembleia Legislativa para tomar posse: “Eu confio na Justiça e na Assembleia, sei que voltarei o mais rápido possível”, finalizou.
Decisão do TSE
Nesta quarta-feira (8) o TSE decidiu pela deferimento do registro de candidatura para deputado estadual de do ex-prefeito de Cuité, Oswaldo Venâncio (Bado). Com a liberação, o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) fará uma recontagem dos votos das eleições de 2010, o que altera o quociente eleitoral.
A alteração beneficia o ex-presidente da Assembleia Legislativa, Carlos Dunga – que tem atuação política na região do Piemonte da Borborema, com base em Boqueirão – em detrimento do deputado estadual Genival Matias, que perde o mandato.
A reportagem do Portal Correio tentou entrar em contato com o deputado estadual Genival Matias, mas seu telefone celular, assim como de seus assessores, até o fechamento dessa matéria estavam desligados.

O caso
Bado, foi candidato a deputado estadual em 2010, mas o registro de sua candidatura foi impugnado pelo TRE-PB com base na Lei da Ficha Limpa. Ele recorreu ao TSE e seu recurso ordinário foi indeferido. Contudo, no mesmo ano o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que a Lei da Ficha Limpa não deveria ser aplicada às eleições de 2010.

Na eleição, Bado obteve 17.643 votos, que não garantiam sua vitória. Então, ele pediu para o TSE deixar de julgar seu recurso para, assim, manter a decisão do TRE-PB considerando-o “ficha suja”. 

O objetivo do pedido de Bado era evitar que seus votos fossem computados, já que, com eles, o quociente eleitoral será alterado, provocando uma mudança na composição da Assembleia. Neste caso, Genival Matias perde a vaga para Carlos Dunga, que é da mesma coligação de Bado.
Na sessão passada, o TSE acompanhou o voto do relator do processo, ministro Arnaldo Versiani, que indeferiu o pedido de renúncia de Bado ao caso. Versiani lembrou que os votos não pertenciam mais ao candidato e sim à coligação, já que se tratava de matéria pública. O ministro estranhou que o mesmo pedido tivesse sido encaminhado pelo deputado Genival Matias.
O processo voltou a ser julgado hoje. O TSE entendeu que o registro de Bado estava deferido, mas ele não poderá assumir o mandato, já que renunciou. O cômputos votos dados ao candidato seguem para a coligação.
Da decisão do TSE ainda caberá recurso ao Supremo Tribunal Federal pelo deputado Genival Matias.

Mário Luiz (Carioca) com Correio

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