Advogado da mãe de Eliza Samúdio acredita que primo de Bruno morreu por saber demais e quer mais uma prisão
Revelações de Sales foram reveladoras no processo que investiga morte de Eliza
Foto: Eugenio Moraes / Hoje em Dia
A morte de Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro Bruno e
testemunha-chave do processo que investiga o desaparecimento de Eliza
Samúdio, trouxe, para o advogado da mãe da modelo, José Arteiro
Cavalcante, a certeza de que os envolvidos no caso querem acabar com as
testemunhas do desaparecimento da modelo. Em depoimento, Sales revelou
detalhes dos acontecimentos no sítio do goleiro Bruno.
O corpo de Sérgio é retirado do local Foto: Leo Fontes / O Tempo
Segundo o advogado, Sales é mais uma vítima do caso, mas não a
última. Arteiro afirmou também que já esperava a morte de Sales, por
causa do novo tipo de relacionamento entre os acusados.
— Agora,
não há mais pacto entre os assassinos, eles quebraram a amizade deles.
Vivem a lei do todos contra todos — afirmou Arteiro.
Em seu
depoimento à Justiça, Sales contou ter visto a modelo com um machucado
na cabeça e com o filho no colo, no sítio de Bruno, em Esmeraldas, Minas
Gerais. Sergio disse que “parecia que Eliza estava totalmente sob o
domínio de Macarrão, de Jorge e de Bruno, e que Eliza ficava o tempo
toda trancada na residência.”
O goleiro Bruno, em foto de 2010
Foto:
Fabiano Rocha
/
Extra
Sales contou também que “Macarrão e Jorge levaram Eliza e o
bebê, com a mala vermelha dela, dizendo que a levariam para o
apartamento dela, porém, quando retornaram, trouxeram apenas a mala de
Eliza, à qual atearam fogo, próximo à cisterna do sítio, estando Jorge e
Macarrão muito nervosos, e que Bruno estava muito calmo”.
O primo
de Bruno contou ainda que chegou a questionar o goleiro. Foi então que
Bruno informou a ele que “Eliza já era e que já havia acabado o
tormento”. Eles então contaram que levaram Eliza para a casa de um
policial em Vespasiano (MG). O policial seria Marcos Aparecido dos
Santos, o Bola, que golpeou Eliza com uma gravata, provocando sua morte.
Sergio disse ainda que Macarrão chutou Eliza no chão. Bruno e Macarrão
teriam ido embora quando Bola perguntou a eles se queriam ver os cães
comendo o corpo.
Eliza Samúdio, grávida de Bruninho Foto: Marcelo Theobald / Extra
Outra testemunha do processo, Dayanne Souza, ex-mulher do
jogador, também revelou detalhes que ajudaram na investigação. Segundo
ela, Bruno teria alertado “que o filho de Eliza não poderia ser visto em
nenhum lugar, como no sítio, shopping, pois se vissem a criança com
alguém ligado a Bruno, estaria confirmado o envolvimento dele no
sequestro”. Envolvido no desaparecimento ainda estaria solto
O
advogado também afirmou que entrará com um pedido no Ministério Público
para que outro homem, possivelmente envolvido no caso, seja preso.
Segundo Arteiro, o policial José Lauriano de Assis Filho, conhecido como
Zezé, teria afirmado à polícia que apresentou Macarrão e Bruno a um
matador conhecido na região como Bola. Entretanto, apesar de ter
confirmado em depoimento seu envolvimento com o grupo, ele não foi preso
por falta de provas.
— No dia do crime, há 23 ligações do Bola para ele. Ele estar solto é um risco aos envolvidos neste crime.
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