Ministério Público apura corrupção e lavagem de dinheiro na prefeitura do Conde

Tatiana Lundgren teria comandado um esquema de corrupção na prefeitura do Conde. Foto: Divulgação
A compra, de acordo com processo em tramitação na Justiça, ocorreu em maio de 2014. Na oportunidade, Tatiana Lundgren teria adquirido as jóias a um comerciante de João Pessoa. O valor total era de R$ 238.250,00. Para a quitação, ela forneceu um cheque de R$ 37,7 mil assinado por ela, dois de R$ 35 mil assinados por Francisco Cavalcante Gomes, ex-sub-procurador do município, e ainda R$ 130.750,00 em cheque assinado por Daysiane Ferreira Sousa, mulher de Clodoaldo Fernandes, suposto operador dos esquemas de lavagem e ocultação de valores na prefeitura do Conde, segundo investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público.
O problema é que o vendedor das jóias, ao tomar conhecimento de que os cheques não tinham fundo, fez cobranças pelo dinheiro. Apesar de não ter obtido sucesso, ainda foi alvo de ameaças. “Caso você me prejudique, Vamberto, eu vou até a delegacia prestar uma queixa e digo que os cheques foram roubados e nunca mais irei lhe pagar”, diz o relato do comerciante das jóias ao narrar o conteúdo de uma conversa com Clodoaldo Fernandes, marido de Daysiane. A ação tramita na Justiça em fase de embargos. A contenda judicial movida pelos comerciantes pede o pagamento integral da dívida e ainda R$ 50 mil por danos morais.
Crime no Conde
Em relação às investigações de crime no Conde, as investigações revelaram a suposta ocultação de R$ 3 milhões em patrimônio em poder do suposto grupo criminoso. A ex-secretária de Finanças da prefeitura, Andréa Soares da Silva, foi ouvida pelo delegado Alan Murilo Terruel, do Grupo de Operações Especiais (GOE). Ela contou detalhes dos supostos crimes e disse que ocultava imóveis para a prefeita. Ela prometeu colaborar com a Justiça. As investigações mostraram fortes indícios de desvio e apropriação de recursos públicos, lavagem de dinheiro, corrupção, peculato, inserção de dados falsos em sistema de informações, entre outros tantos crimes praticados pelos requeridos.
Da Redação com Jornal da Paraíba
Nenhum comentário:
Postar um comentário