quinta-feira, 27 de julho de 2017

Suspeito de matar travesti atropelado presta depoimento e é liberado

Vítima estava com uma amiga num ponto de prostituição em Várzea Grande

O suspeito de atropelar e matar a travesti Natalia Pimentel, de 22 anos, em um ponto de prostituição em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, foi ouvido pela Polícia Civil nessa quarta-feira (26). Por falta de provas, o homem foi liberado após o depoimento.
Natalia foi atropelada depois que uma amiga se negou a fazer um programa com o suspeito do crime no domingo (23). A identidade dele não foi divulgada.
A vítima teve morte cerebral decretada por médicos na terça-feira (25). Antes dos aparelhos serem desligados, na quarta-feira (26), o coração de Natalia também parou. O corpo dela foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).
O suspeito do crime foi identificado por uma amiga, que presenciou o crime e disse ter decorado a placa do carro. Ela procurou a polícia depois que viu o carro entrando em uma oficina mecânica após o atropelamento.
Os dados, porém, não correspondiam às características apontadas pela testemunha. Os policiais, então, inverteram as combinações da placa e identificaram um carro com base nos detalhes apontados pela amiga da vítima.
O dono do veículo foi localizado e conduzido até uma delegacia. Após o depoimento, por falta de provas, ele foi liberado.
Atropelamento
Ainda à polícia, a amiga de Natalia contou que as duas estavam trabalhando quando um homem se aproximou em um carro. A intenção dele, segundo o relato, era pagar R$ 17 pelo programa. Ela, entretanto, se negou e foi com Natalia para o outro lado da rua.
A amiga contou que subiu na calçada, mas Natalia teria ficado na rua. Segundo a testemunha, o homem acelerou o carro e, intencionalmente, atropelou a vítima.
Natalia foi levada para o Pronto Socorro de Várzea Grande pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A paciente recebeu os primeiros socorros e foi entubada. Os médicos, porém, decretaram morte cerebral dela na terça-feira (25).
O crime foi registrado como homicídio doloso - quando há intenção de matar. O caso é investigado pela Delegadia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Da Redação com Globo

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