quarta-feira, 19 de maio de 2010

Senador Efraim Morais é denunciado na PF por contratar duas funcionárias fantasmas


O senador Efraim Morais (DEM) foi mais uma vez manchete nacional nas edições de hoje (18) dos jornais Nacional, da Rede Globo, e do jornal da Record.

O presidente estadual do Democratas da Paraíba foi denunciado à Polícia Federal por duas estudantes que alegaram ter sido contratadas pelo gabinete dele como funcionárias fantasmas.

Sem empregos fixos, as duas estudantes recebiam R$ 100,00 do que elas acreditavam ser uma bolsa de estudos que duas amigas teriam conseguido junto à Universidade de Brasília, e por isso, assinaram procurações que “iriam” para a instituição.




“Ela pediu nossos documentos, a autorização para abrir conta no banco e depois ela falou que ia passar o número da conta e o cartão pra gente poder tá recebendo esse benefício, o tempo foi passando e a quantia era entregue em mãos", afirmou Kelriany Nascimento da Silva, uma das estudantes.

Porém, no mês passado, Kelryane conseguiu um emprego e foi ao banco abrir uma conta quando se deparou com uma surpresa: descobriu que ela e a irmã já tinham conta e estavam empregadas no gabinete do senador Efraim Morais, com salários de R$ 3.800,00.

“Eu nunca imaginei que eu poderia ser uma funcionária fantasma, nunca passou pela minha cabeça, disse a outra estudante, Kelly Nascimento da Silva.

Nos documentos entregues à Polícia, elas aparecem na lista de funcionárias do senador paraibano. Uma das amigas que pediu a procuração, Mônica da Conceição Bicalho, trabalha para o senador.

Essa não é a primeira vez que o senador Efraim Morais se envolve com escândalos no Senado Federal. Em 2008, ele teve que demitir seis parentes de seu gabinete devido à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que condenou as práticas de nepotismo.

Também em 2008, novas denúncias surgiram contra o democrata que teve seu nome ennvolvido com fraudes em licitações para a contratação de empresas terceirizadas, mas acabou sendo absolvido na Corregedoria do Senado.

Esta nova denúncia feita à Polícia Civil já foi encaminhada à Presidência do Senado e à Polícia Federal.

Em contato com a reportagem do Jornal Nacional, Mônica da Conceição Bicalho declarou que as duas estudantes prestavam serviços ao gabinete e Efraim Morais não tinha conhecimento das irregularidades. A nota emitida pela funcionária do senador foi publicada na íntegra pelo Congresso em Foco.

Confira a íntegra da nota de funcionária de Efraim

Eu, Mônica da Conceição Bicalho, Bacharel em Direito, especialista em Direito do Estado pela Universidade Cândido Mendes habilitada pelo instituto ATAME, funcionária do Senado Federal, responsável em acompanhar projetos de Lei nas comissões, pelo acompanhamento de atividades orçamentárias.

Em março de 2009, devido a abertura de 02 vagas no núcleo profissional do gabinete e a excessiva demanda na minha área de atuação, fiz solicitação a chefia de gabinete de preenchimento das vagas para pessoas que pudessem me auxiliar em minhas tarefas e para tanto apresentei os currículos das minhas amigas Kelly Nascimento Da Silva e Kelriany Nascimento Da Silva, com as quais convivo há cerca de 20 anos e crescemos nos considerando como sendo da família.

Foi autorizada pelo Gabinete a contratação de ambas e a partir de então passaram a prestar serviços sob a minha coordenação no núcleo de orçamento e jurídico em atividades externas.

A partir de então ambas entraram em acordo com minha irmã Kátia Conceição Bicalho, para que esta também participasse das atividades, porém sem vínculo formal e deixaram sob a sua responsabilidade a administração dos vencimentos através de procuração específica para movimentação da conta-corrente, o que comprova absolutamente que elas tinham conhecimento específico da finalidade da mesma e concordavam com seu objeto.

NÃO FOI LEVADO AO CONHECIMENTO DO SENADOR EFRAIM MORAIS ESTA SITUAÇÃO IRREGULAR, haja vista que elas prestavam serviços externos sob minha coordenação e não mantinham contato direto em sua atividade com o Senador.

Desde o início do mês desentendimentos de ordem familiar e de foro íntimo levaram a um estremecimento da relação pessoal e infelizmente chegaram a este ponto de entrarem com um boletim de ocorrência com informações inverídicas, na qual todas as acusações recaem sob a minha irmã Kátia Conceição Bicalho e a mim, que trabalhávamos em parceria no mesmo núcleo.

Mônica da Conceição Bicalho

Da Redação Com PB Agora
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