terça-feira, 1 de outubro de 2013

Ministério Público do Trabalho pede multa de R$ 60 mil contra Sindicato dos Bancários

Segundo o entendimento do procurador Eduardo Varandas, a entidade estaria desrespeitando o acordo que garantiria o abastecimento dos caixas eletrônico e a compensação

Protesto não terá passeata
Protesto não terá passeata
O Ministério Público do Trabalho na Paraíba protocolou nesta terça-feira (1) petição postulando a aplicação de multa de R$ 60 mil por descumprimento do acordo judicial celebrado, em 31 de janeiro de 2012, entre o MPT e o Sindicato dos Bancários.
O acordo feito com o sindicato visa a garantia do abastecimento dos caixas eletrônicos e o atendimento do percentual mínimo estabelecido por lei quanto à compensação bancária.
O procurador do Trabalho Eduardo Varandas Araruna oficiou à Federação dos Bancos (Febraban), Sindicato dos Bancos e o Procon estadual a fim de que informassem o descumprimento do acordo judicial. Os três órgãos apontaram descumprimento parcial. O MPT pediu, então, o desarquivamento do processo com a aplicação da multa.
“Vamos averiguar judicialmente o cumprimento do acordo. Reconhecemos o direito de greve, a justeza do pleito dos bancários, mas a população não pode ser lesada”, concluiu Varandas, autor da ação civil pública.
No final da tarde desta terça-feira (1), o Sindicato dos Bancários da Paraíba realiza uma manifestação na avenida Epitácio Pessoa, como mais uma forma de mobilização pelo atendimento às reivindicações da campanha salarial 2013. Os bancários irão se concentrar em frente à agência do Santader, nas proximidades da Igreja Universal do Reino de Deus. Eles pretendem ficar no local de forma fixa, sem passeatas ou caminhadas, mas prometem que vão interromper o trânsito.
O diretor de operações de trânsito da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob), Cristiano Queiroz, informa que tomou conhecimento da manifestação através da equipe de jornalismo do Portal Correio e lembra que o órgão vai trabalhar no trânsito da Epitácio de acordo com as necessidades. "Como se trata de um local extremamente movimentado, principalmente no horário que eles anunciaram o protesto, nós vamos ficar atentos para agir dentro do que for necessário, de forma que sejam ativados desvios e agentes para orientação dos motoristas", diz ele.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários, Marcos Henriques, além de continuar desrespeitando os trabalhadores sem apresentar nenhum tipo de proposta, os bancos estão intensificando práticas abusivas para pressionar os bancários a desistir da luta. “Temos registros e flagrantes de funcionários sendo impedidos de entrar nas agências e sendo obrigados a ter que ficar aglomerados na garagem do banco, os funcionários não podem ser tratados dessa forma”, afirmou adiantando que outros protestos estão agendados para amanhã e quinta-feira (3).
Greve dos bancários na Paraíba
A adesão à paralisação por tempo indeterminado permanece forte desde o primeiro dia, com índice de 91,85%. A greve está mais forte nos bancos públicos (96,20%) do que na rede privada (85,71%). Da mesma forma, o movimento paredista é mais intenso na Capital (96,67%) do que no interior, onde a adesão é de 82,22%.
A greve nacional iniciou no dia 19 e já são 14 dias de paralisação. A decisão partiu de assembleia realizada no dia 12 de setembro, quando foi rejeitada a proposta de reajuste de 6,1% feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A paralisação deve atingir cerca de 200 agências bancárias e 4 mil bancários em todo o estado.

 Mário Luiz (Carioca) com Correio

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