sábado, 6 de março de 2010

Homem suspeito de seis mortes pode ter matado a filha, diz polícia



A polícia mineira desconfia que o assassino confesso de seis pessoas na Grande Belo Horizonte é responsável por outras mortes, inclusive da própria filha.

A cada novo depoimento, evidências de que o maníaco agia em várias cidades. As investigações começaram em Contagem, com o assassinato de cinco mulheres estupradas e estranguladas.

"Nós ainda estamos estudando o grau, vamos dizer assim, entre o prazer sexual e o prazer de matar propriamente dito, já que a morte se dava por um meio cruel, ou seja, asfixia", explica o psiquiatra forense Alan Passos.

Elas moravam num raio de 1,5 km de onde o suspeito vivia. A polícia chegou a ele rastreando celulares das vítimas, encontrados na casa dele e o material genético confirmou as suspeitas.

"Me dá uma sensação de alívio, mas a minha filha, eu não vou ter de volta", diz a mãe de Ana Carolina, uma das vítimas, Euzana Menezes.

Casado pela terceira vez e pai de cinco filhos, o suspeito vivia de bicos. Um homem discreto e tímido, segundo um ex-vizinho. "Até agora não estou acreditando porque ele tratava a gente muito bem", disse o homem.

Para a polícia, o suspeito é um assassino frio, que planejava os crimes e que nunca demonstrou arrependimento. Com a prisão dele, as investigações revelam que o maníaco pode ser responsável pelas mortes de nove pessoas, entre elas a da própria filha, um bebê de apenas de três meses.

"Ele diz que não foi ele, que pode ter certeza. Se fosse ia assumir a autoria, igual ele assumiu dos outros crimes", afirma o advogado Rodrigo Bizzotto.

"Pelo o que eu vi do laudo de necrópsia, não tem erro é ele mesmo. Só que tem um conjunto probatório todo que tem que provar que é ele", explica delegado Edson Moreira.

A ficha criminal do suspeito começa em 2004, quando foi preso em flagrante depois de matar um taxista em Betim. Um mês depois, conseguiu um alvará de soltura. Em 2005, voltou a ser preso e oito meses depois, fugiu.

Em 2006, foi recapturado e dois anos depois conseguiu liberdade condicional.


Reportagem: Mário luiz ( carioca )
Fotos : Central Conde de Jornalismo
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