domingo, 25 de abril de 2010

VIRADÃO CARIOCA É SUCESSO NO RIO DE JANEIRO

Shows agitaram toda a cidade entre o sábado e madrugada deste domingo.
Paula Toller fez show intimista e Sandra de Sá caprichou no soul.


O Viradão Carioca continuou agitando o Rio de Janeiro neste sábado (24) e madrugada deste domingo (25). Em Rio das Pedras, na Zona Oeste, uma multidão lotou o estacionamento de um supermercado para ver, entre outros, AfroReggae e Dudu Nobre. Já no Centro, o público pôde escolher entre assistir aos shows na Praça XV ou na Cinelândia, com atrações como Sandra de Sá, Paula Toller, entre outros.
AfroReggaeAfroReggae se apresentou num estacionamento de um supermercado  O palco do Leme, na Zona Sul, recebeu uma pequena, mas empolgada plateia que viu a apresentação do popular, mas erudito, Jorge Mautner. Com uma banda de craques - Kassin no baixo, Domenico na bateria e Nelson Jacobina na guitarra - Mautner empunhou o seu violino para tocar músicas que fizeram os fãs dançarem, como “Maracatu atômico” e “Eu não peço desculpas”.
“O show anterior, da Rita Ribeiro, estava mais animado. As pessoas ‘se jogam’ mais no show dela”, opinou a psicóloga Marisa Santiago, acrescentando que Mautner é mais “cerebral” e menos “popular” que as demais atrações. Ela demonstrou, em uma frase, o clima da festa que existia em todos os lugares: “a gente se diverte com pouco”.

A socióloga Márcia Rocha, que tem até livro autografado por Mautner, pensou que ia estar mais cheio: “só fã mesmo veio”, comentou.
Já a economista Bianca Castro também elogiou a escolha do músico para o show no Leme, ressaltando a diversidade de músicos pela cidade. “É importante fazer um show mais direcionado. Eu não gostaria de ver, por exemplo, um show do MV Bill, mas volto amanhã para ver o Nei Lopes”, e acrescentou: “o Viradão é bom para o pessoal mais pobre, que não tem tanta opção de divertimento”.
Dudu Nobre 
Dudu Nobre também se apresentou no palco montado em Rio das Pedras

O pessoal de Rio das Pedras, do outro lado da cidade, concorda e agradece a oportunidade de ver um show assim tão pertinho de casa. O lugar das apresentações estava tão lotado, que, para ir do início da multidão até a frente do palco, demorava cerca de dez minutos, de seguidas “com licença” e “desculpa”.
O gerente de estacionamento Ivanildo Saraiva disse que foi ver “qualquer show” porque estava com saudade. Já o músico Fábio do Espírito Santo achou o show do AfroReggae “muito bom”, mas foi apenas acompanhar a mulher, que queria mesmo era ver o show seguinte, de Dudu Nobre.
Chuvas
O pessoal do AfroReggae chegou a citar a tragédia das chuvas no início de abril, lembrando que muita gente ali tinha sofrido com as enchentes. Entretanto, a banda, sempre com suas mensagens positivas e otimistas, falou que o carioca dá a volta por cima, sempre, não importa a tragédia que enfrenta. Delírio do público.
Mas o clima, lá também, era de diversão - até nos intervalos. O DJ ouviu os pedidos do público e mandou muito funk. O destaque ficou para a música “Cerol na mão”, aquela que o MC manda: “Eu vou cortar você na mão / Vou mostrar que eu sou tigrão / Vou te dar muita pressão/ Então martela, martela, martela o martelão / Levante a mãozinha, na palma da mão”. Nesse momento, todo mundo batia palmas, acompanhando a música.
No Centro, dois climas diferentes, mas igualmente animados. Enquanto na Cinelândia Paula Toller fez um show intimista, para a alegria dos casais, na Praça XV, Sandra de Sá caprichou no soul e na “Música preta do Brasil”, como ela apelida toda música com suingue feita aqui.
Paula Toller e Sandra de Sá 
Paula Toller e Sandra de Sá estavam entre as atrações da segunda noite do Viradão


Muitos covers
Todos os shows começaram pontualmente - às vezes até antes do programado. Mas não foi só na organização que as apresentações se pareceram: houve uma grande quantidade de versões de músicas conhecidas do grande público.
Se Tim Maia apareceu no show de Sandra de Sá e AfroReggae, Renato Russo e a sua Legião Urbana foram escutados na voz de Paula Toller.
Já Dudu Nobre fez sua homenagem aos sambistas clássicos, como Adoniran Barbosa, que ele fez questão de lembrar do centenário de nascimento este ano, Mário Lago (e sua eterna “Amélia”) e Martinho da Vila.
Os estudantes Fernanda Hiriga, Bianca Tavares, Júlia Rothier, Nathalia Guimarães e Yuri Ferreira, todos na faixa dos 18 a 20 anos, tinham ignorado o início do show de Paula Toller. “Viemos ver Mariana Aydar e 4 Cabeça”, explicou Nathalia.
Eles participavam de um jogo de adivinhações sentados na escadaria da Câmara dos Vereadores, mas não resistiram e se levantaram para acompanhar o show da loura, quando ela lembrou sua fase Kid Abelha.
A proposta era jogar para galera.
 
Reportagem: Mário luiz ( carioca )
Fotos : Central Conde de Jornalismo
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