quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Marina quer que eleitor decida no 2º turno entre a Silva e a Rousseff

Marina quer que eleitor decida no 2º turno entre a Silva e a Rousseff
A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, afirmou ontem que a população se cansou do embate político entre petistas e tucanos e se colocou como uma "terceira via" nessa eleição. Disse que, sob seu comando, o país avançará "principalmente na [questão] política".

Marina usou as cores dos PSDB e PT, respectivamente o azul e o vermelho, para abordar a questão. E aproveitou para combater as "alianças incoerentes" da candidata petista Dilma Rousseff e o "promessômetro" do candidato tucano José Serra.
"O meu governo será de avanço na área social, econômica, cultural, infraestrutura, desenvolvimento de maneira geral, mas principalmente o avanço na política, porque o povo está cansado dessa briga entre o azul e o vermelho, e o Brasil é de todas as cores", disse Marina.

Em campanha em Juiz de Fora, principal cidade da Zona da Mata mineira, a candidata verde disse estar bastante confiante que poderá avançar na disputa presidencial e afirmou estar "24 horas no ar pelo segundo turno".

Com perspectiva de crescimento na reta final, ela passou a abordar também essa situação como uma chance para o eleitor decidir, com tempos iguais para as duas, "entre a Silva e a Rousseff".

Ao tratar a questão dessa forma, Marina tenta remeter o seu sobrenome à lembrança do nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A origem do sobrenome de Dilma é da Bulgária.

Questionada pela Folha se com essa citação tentava se passar como uma espécie de representante mais autêntica do eleitorado do país, por ser Silva um nome genuinamente brasileiro, ela negou.

"Eu não formulei dessa forma. O que eu disse é que, no segundo turno, as pessoas poderão conhecer melhor as propostas, a visão de país, a trajetória de cada uma das candidatas e decidir democraticamente entre a Silva e a Rousseff."

Marina afirmou que a possibilidade de haver segundo turno e de ela estar nessa disputa nunca foi considerada pelos seus adversários, que pensavam que seria uma disputa "plebiscitária". E disse que descontentamentos de militantes do PT e do PSDB vão ajudá-la também.

"Tenho certeza que existem muitos [no] PT que estão incomodadas com as alianças incoerentes que foram feitas com esse vale-tudo eleitoral. Também no PSDB existem muitas pessoas que estão incomodadas com o promessômetro em que se transformou a candidatura do governador José Serra."

A candidata verde fez caminhada no começo da noite no centro de Juiz de Fora, em meio a muitos militantes e admiradores. Antes, se reuniu com pastores em um hotel da cidade, que oraram por ela. "Fiquem em estado permanente de campanha", pediu ela ao grupo.
Da Redação Com a Folha

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