sexta-feira, 25 de março de 2011

Mais de 8.000 pessoas já morreram em conflito na Líbia

O número, que pode ser ainda maior, foi divulgado pelos rebeldes em Bengasi. Representantes de países da coalizão participam de reunião com líbios
Rebeldes líbios rezam na estrada de Ajdabiya, onde travam batalha com o regime
Rebeldes líbios rezam na estrada de Ajdabiya, onde travam batalha com o regime (Aris Messinis / AFP)
Entre 8.000 e 10.000 pessoas morreram na Líbia desde o início da revolta contra o ditador Muamar Kadafi, segundo cálculos divulgados nesta sexta-feira pelos rebeldes em Bengasi, capital dos revolucionários. O porta-voz dos rebeldes, Mustafa Geriani, disse em declarações aos jornalistas que não descarta que o número possa ser ainda superior. "Deve-se calcular novamente depois que estes 'tipos' forem embora", disse, em referência às tropas do governo. "Em Trípoli, por exemplo, de onde não temos dados, sabemos que 1.200 pessoas foram sequestradas em suas casas."
O porta-voz rebelde disse que entre os raptados estão "ativistas políticos e pessoas comuns, que seriam usadas como escudos humanos". Em Bengasi, disse ele, só no final de semana passado morreram 120 pessoas durante os confrontos com os seguidores de Kadafi. Por outro lado, o porta-voz disse que o regime tentou em várias ocasiões negociar com os rebeldes, mas que eles sempre o rechaçaram. "Sempre pedimos que primeiro parem com os assassinatos para depois começar o diálogo." Além disso, Geriani negou que se tenha tido conversas com chefes tribais até o momento, mas que vai iniciá-las.

Reunião - Também nesta sexta, membros da União Africana (UA) e dos governos de Rússia, China, Estados Unidos e França participam de uma reunião com representantes das autoridades da Líbia na capital da Etiópia para tentar encontrar uma saída pacífica ao conflito líbio. Ao encontro, convocado pela UA, também foram convidados os líderes do Conselho Nacional de Transição (CNT), embora não tenha sido confirmada sua presença, conforme informou na noite de quinta-feira o presidente da Comissão da UA, Jean Ping.
Segundo Ping, o ditador da Líbia aceitou o convite e afirmou que enviaria seu primeiro-ministro à reunião. Acabou mandando Mohamad Zawi, porta-voz do Congresso Popular da Líbia, que foi a Adis-Abeba junto com uma delegação. "Com esta convocação, a UA tenta chegar à raiz do conflito líbio através de uma conversa entre as partes em confronto, o que deveria levar à realização de eleições para nomear instituições democráticas no país", anunciou Ping. "Estamos convencidos de que há elementos suficientes para alcançar um acordo e encontrar uma solução duradoura na Líbia", acrescentou.
Da Redação com Veja

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